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setembro 13, 2021A 44ª Expointer, que já marcou a história como a única feira agropecuária de grande porte a se realizar no país em 2021, terminou neste domingo, 12, contabilizando faturamento de R$ 1.629.550.234,30 e um público de 66,2 mil visitantes presenciais. Também houve 56 mil visualizações na plataforma on-line da feira, de 25 diferentes países. Os dados foram divulgados durante coletiva de imprensa no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, na presença do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, da secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti, da secretária da Saúde, Arita Bergmann.
O volume de negócios não alcançou o valor movimentado em 2019 (R$ 2,6 bilhões), ano da última feira antes da pandemia. De qualquer forma, o balanço é positivo e surpreendente na visão dos copromotores, levando em consideração a limitação considerável de público que pode circular no parque neste ano, em função dos protocolos de saúde. Em 2019, a Expointer recebeu 416 mil visitantes.
O faturamento no Pavilhão da Agricultura Familiar chegou a R$ 2,82 milhões, valor superior à metade do faturado em 2019, apesar de o público visitante ter reduzido seis vezes em relação à feira de dois anos atrás. No setor de máquinas e implementos agrícolas, o mais rentável do evento, o volume de negócios bateu R$ 1,4 bilhão. O setor automobilístico somou receita de R$ 200,3 milhões, crescimento de 43,6% na comparação com a última Expointer presencial.
Os 108 artesãos participantes da 38º Exposição de Artesanato do Rio Grande do Sul (Expoargs), realizada no Pavilhão do Comércio, comercializaram R$ 650 mil durante os nove dias de evento. A venda de animais somou R$ 854,8 mil. O número ficou abaixo do resultado de 2019, porque na 44ª Expointer não ocorreram leilões presenciais, o que costuma movimentar valores expressivos.
Para o vice-governador, esta edição da feira tem duplo sentido. “O significado de sempre, do que representa para o povo e para o agro gaúcho, mas também o que representa para os grandes eventos. Não tenho dúvida de que o que nós fizemos aqui, observando todos os protocolos sanitários, servirá de exemplo para grandes eventos”, projetou Ranolfo. O vice-governador disse que a Expointer, que retornou de forma presencial depois de ter ocorrido no ambiente digital em 2020, serve de palco para os gaúchos mostrarem a vocação do Estado ao Brasil e ao mundo.
“Sabemos que o agro não parou, e não para, botando alimento na mesa de todos nós, durante este período”, reforçou, ao saudar as secretárias Silvana e Arita e suas equipes “pelo brilhantismo na condução da 44ª Expointer”. Para a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti, esta Expointer passa a ser referência para todo o Brasil e será lembrada pelo pioneirismo de ter ocorrido, com segurança, em meio a uma pandemia. “A nossa Expointer está cumprindo o papel de ser uma feira que ultrapassa negócios. Inspirada pela força do agro, a feira mostra o caminho da retomada econômica, da solidariedade entre as pessoas e da esperança por dias melhores”, destacou.
A secretária da Saúde, Arita Bergmann, lembrou que foram muitos meses de preparação, estudos e ajustes para montar os protocolos e a estrutura necessária para fazer esta feira, que certamente já virou referência e inspirará futuros eventos no Estado. “Estamos imensamente orgulhosos do que conseguimos construir e executar aqui”, afirmou.
R$ 1,5 milhão para executar protocolos de saúde
A Secretaria da Saúde atribui o sucesso sanitário do evento a fatores como a testagem prévia de todos os trabalhadores e expositores, requisito para a entrada no parque, à retestagem durante a feira e à ação assertiva dos mais de cem monitores que circularam pelo parque pedindo o cumprimento dos protocolos. Além disso, estavam espalhados pelo parque cem lavatórios equipados com duas pias cada, sabonete líquido e álcool gel, que foram aliados na higienização das mãos. A bordo de um carrinho e usando megafones, técnicos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) realizaram, durante toda a feira, 64 rondas de saúde, percorrendo o parque e alertando sobre os protocolos e comportamentos adequados frente à pandemia.
Antes da feira, foram realizados 628 testes (RT-PCR e antígeno) em trabalhadores e expositores que chegaram ao parque sem o teste prévio. Desses, 13 foram detectáveis, e as pessoas não puderam acessar o parque. Durante o evento, para monitorar a circulação do vírus, houve 198 novas testagens, com cinco detectáveis, que acabaram imediatamente isolados. “Rastreamos os contactantes desses casos positivos e fizemos dezenas de testes para examinar a cadeia de transmissão, e não houve surto. Foram cinco casos isolados”, disse a diretora do Cevs, Cynthia Molina Bastos, que capitaneou a estratégia de saúde na feira. “Outro dado positivo é que o Estado investiu R$ 1,5 milhão no cercamento eletrônico, nos dispensers de álcool e na contratação dos monitores, e isso reverteu em saúde, evitando internações”, comentou.
A limitação de público, tanto para acessar o parque quanto para circular nos pavilhões, também se mostrou uma estratégia acertada para evitar aglomerações e diminuir o risco de disseminação do coronavírus. Nos pavilhões, catracas e sensores contabilizavam em painéis o número de visitantes que acessavam os locais, o chamado cercamento eletrônico. A catraca do pavilhão da Agricultura Familiar bloqueava automaticamente quando o limite de pessoas era atingido.