Safra recorde e demanda por tecnologia animam Valtra
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outubro 6, 2022Projeções da Deloitte são de que a geração de divisas com o tabaco seja de 6% a 10% maior. Resultado levará o Brasil à posição de maior exportador mundial do produto há 30 anos.
As exportações de tabaco devem fechar 2022 com volume aproximado ao dos embarques de 2021, quando saíram dos portos brasileiros 464.429 toneladas. A conclusão é da consultoria Deloitte, que faz as projeções anuais com base em acompanhamento dos dados do comércio exterior de produtos de tabaco. Segundo os especialistas, até o final do ano deverão ser embarcados volumes que ficam entre mais 2% e menos 2% em relação ao ano passado.
Porém, quando a pauta é valores em dólares, as previsões da Deloitte apresentadas ao SindiTabaco, em agosto, são de que o ano deve fechar com aumento entre 6% e 10% sobre os números de 2021, quando a geração de divisas foi de US$ 1,464 bilhão. A projeção mais recente apontada pela pesquisa realizada pela Deloitte mantém a mesma tendência que havia sido apresentada no relatório de março deste ano.
“Avaliamos que a pesquisa apresenta resultados conservadores, que consideram os problemas logísticos que o mundo todo tem enfrentado. Com base nos números que temos disponíveis até agosto, nossa expectativa é de superarmos a projeção apresentada na pesquisa, tanto em volume quanto em dólares”, avalia o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke. “Confirmados esses resultados, chegamos à marca de 30 anos na liderança mundial de exportação de tabaco, um feito importante não só para a cadeia produtiva que gera renda e empregos, mas também para o Brasil”, destaca o executivo.
NÚMEROS CONSOLIDADOS
Até o final de agosto haviam sido embarcadas 349.381 toneladas de tabaco brasileiro, volume 14,88% superior ao período de janeiro a agosto de 2021. Em divisas, os valores do tabaco vendido nos oito primeiros meses do ano foram de US$ 1.358.354 mil, sendo 44,65% superior ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Ministério da Economia, publicados no Sistema ComexStat. Já em relação à Região Sul, onde se concentra a quase totalidade da produção e beneficiamento do tabaco brasileiro, foram exportadas 344.782 toneladas de janeiro a agosto deste ano, volume 14,62% maior do que o mesmo período do ano anterior. E as divisas geradas até agosto com tabaco embarcado nos portos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná somam US$ 1.313.596 mil, sendo 44,93% superiores aos oito primeiros meses do ano passado.
DESTAQUES
• Até agosto de 2022, os maiores importadores foram: Bélgica (US$ 360 milhões), seguida pela China (US$ 248 milhões), Estados Unidos (US$ 103 milhões) e Indonésia (US$ 70 milhões).
• O tabaco representa, até o momento, 0,61% do total exportado pelo Brasil. Também representa 8,11% das exportações do Rio Grande do Sul (que é o estado que mais produz e exporta tabaco) e 3,55% das exportações da região Sul.
• Até final de agosto, o tabaco representou 2,99% na Balança Comercial brasileira e 23,92% na Balança Comercial gaúcha.
Fotos: Banco de Imagens SindiTabaco