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outubro 31, 2018
Electro Plastic 62 Anos de História!
novembro 1, 2018Além do recorde em volume, uva apresentou qualidade raramente vista
Com 1,68 milhão de toneladas de uvas colhidas no ciclo 2017/18, o Brasil ainda degusta a maior safra de sua história, que, além de volume recorde, apresentou qualidade raramente vista. O desempenho marcou também a cura dos resultados traumáticos do período 2016/17, que será lembrado por muito tempo pelos produtores da Região Sul devido aos severos problemas climáticos, que ocasionaram a queda de 52,79% na produção em relação à temporada anterior, principalmente no Rio Grande do Sul, responsável por mais de 56% da produção nacional.
Por isso, o aumento de produção de 131,34% no ciclo 2017/18 em relação à etapa 2016/17 no Estado não pode ser avaliado de forma isolada. A comparação mais realista é com a safra 2015/16. Em relação àquele período, o avanço chegou a 9,21%. Embora a recuperação gaúcha e até mesmo o avanço produtivo tenham aliviado o mercado, outros estados também foram protagonistas na maior safra de uva da história do Brasil. “O incremento da produção em Pernambuco e no Espírito Santo merece destaque. O primeiro colheu 390,3 mil toneladas em 2017, o que representa 60,64% a mais do que no ano anterior. Já o segundo retirou das videiras volume 46,13% maior de frutas, atingindo 3,6 mil toneladas”, frisa a pesquisadora Loiva Maria Ribeiro de Mello, da Embrapa Uva e Vinho, situada em Bento Gonçalves (RS). Ela ressalta que Pernambuco e Espírito Santo foram os únicos a apresentarem aumento da área de cultivo.
Aliás, em 2017, a área plantada com videiras no Brasil foi de 78.028 hectares, 0,67% inferior à verificada no ano anterior, o que significa que os méritos da atual safra estão na produtividade alcançada. O elevado nível de produção serviu para repor os estoques do setor industrial, afetado pela falta de matéria-prima no ciclo 2016/17.
E a previsão para a nova safra, do ciclo 2018/19, é de volume e qualidade elevados, semelhantes à mais recente. “Os prognósticos são todos positivos, principalmente pela questão climática. E, de certa forma, colocam em sinal de alerta o setor, porque o excesso de produção pode interferir no preço”, alerta o vice-presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Márcio Ferrari.