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A 40ª edição da Expointer segue até este domingo no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Tradicionalmente, um dos pontos mais visitados da feira é o Pavilhão da Agricultura Familiar, que este ano conta com 201 empreendimentos, dispostos em 198 espaços e mais quatro cozinhas. São 145 agroindústrias familiares, além de 47 expositores de artesanato rural, plantas e flores. Ao todo, a mostra envolve 1.340 famílias, provenientes de 131 municípios do Rio Grande do Sul.
Nesta edição, além dos gaúchos, o espaço congrega seis empreendimentos de Minas Gerais. Os produtores, ligados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), apresentam seus produtos típicos, como cachaça, queijo, doce de leite e café. O intercâmbio, fruto de parceria com a Fetag/RS, visa abrir novos mercados, mas principalmente promover a troca de saberes. O assessor da Fetaemg, Guilherme Rabelo, acompanha a feira e celebra a integração. “Nosso maior objetivo não é vender, mas conhecer a cultura do Rio Grande do Sul e divulgar a culinária mineira”, pondera.
Os primos Patrícia Fernandes Silva e Igor Gomes Marques da Silva apresentam aos gaúchos a cachaça artesanal Sapézinha, produzida desde 1989 no Povoado Corumbá, no município de Cláudio (MG). “Nossa cachaça é destilada em alambiques de cobre, utilizando apenas cana-de-açúcar, com fermentação feita com canjica e milho selecionados. O produto é envelhecido em tonéis de carvalho e jequitibá, que lhe garantem aroma e sabor incomparável”, explica Patrícia.
Quem preferir pode tomar um cafezinho diferenciado, produzido por famílias ligadas à Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo (Coopfam). Com sede no Sul de Minas, a entidade congrega 360 famílias produtoras de café, que produzem anualmente 40 mil sacas do grão – 95% da produção é exportada para países como Alemanha, Estados Unidos, Japão e Austrália. O restante é torrado e vira o café considerado o melhor fairtrade do mundo, que possui três versões.
O Café Familiar da Terra Orgânico Feminino é um dos carros-chefes da Coopfam. É produzido por um grupo de 30 mulheres, responsável pela produção dos micro lotes especiais – anualmente são entre 400 e 600 sacas desse café de alto valor agregado. As características predominantes desse produto são a baixa acidez e o alto nível de doçura do fruto maduro, justificadas pela sensibilidade feminina para cuidar dos frutos. As mulheres ainda confeccionam artesanato com os subprodutos do café e se dedicam ao cultivo de frutas e flores orgânicas.
Os expositores mineiros na Expointer
Estância Primavera, Frutas Cristalizadas Riacho do Meio, Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo (Coopfam), Queijo Minas Artesanal Serro, Queijo da Roça e Cachaça Artesanal Sapézinha.
