Está no gene
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O Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol de cana-de-açúcar e de biodiesel de soja. E o País encaminha-se para atingir volumes ainda mais significativos de biocombustíveis até 2030. A produção de etanol totalizou 31,8 bilhões de litros de janeiro a novembro de 2018, com alta da 15% em relação ao mesmo período do ano anterior. Também superava a produção total dos anos anteriores, conforme os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A produção de etanol foi de 28,6 bilhões de litros em 2017, quase a mesma do ano anterior.
Já a produção de biodiesel foi de 4,9 bilhões de litros nos primeiros 11 meses de 2018, com alta de 24,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume produzido em 2017 foi de 4,3 bilhões de litros, correspondendo a 56,2% da capacidade total de 7,6 bilhões de litros, de acordo com a ANP. O volume teve aumento de 12,9% em relação ao ano de 2016.
A soja segue como a principal matéria-prima para a produção de biodiesel (B100), equivalente a 71,6% do total, com aumento de 1,7% em relação a 2016. A segunda matéria-prima no ranking de produção das usinas foi a gordura animal (com 16,8% do total), após elevação de 15,6% em relação a 2016, seguida por outros materiais graxos (11,3% do total) e óleo de algodão (0,3% de participação).
O ano de 2018 foi de conquistas para biodiesel e bioquerosene, avalia a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio). Entre os avanços, a entidade cita a antecipação do B10, em março de 2018, produção recorde de biodiesel e o não uso e importação de 5,5 bilhões de litros de diesel fóssil. Além disso, o Conselho Nacional de Política Energética definiu a evolução da mistura obrigatória de biodiesel até 2023, dando previsibilidade inédita para o setor.
A mistura passa para 11% (B11) a partir de junho de 2019. Outro avanço foi a regulamentação do RenovaBio (Lei da Política Nacional de Biocombustíveis), com definição de metas para redução de gases de efeito estufa, o que vai estimular o uso cada vez maior de biocombustíveis, melhorando a qualidade do ar e contribuindo para o combate ao aquecimento global. “O ano de 2019 começa com a matriz de combustíveis cada vez mais limpa”, destaca a Ubrabio.
O RenovaBio, além de proporcionar oportunidades para a expansão da produção e uso de biocombustíveis na matriz energética nacional, também foca a regularidade do abastecimento de combustíveis e a participação competitiva dessas fontes de energia no mercado de combustíveis. Ainda visa cooperar para o atendimento aos compromissos brasileiros no âmbito do Acordo de Paris sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas do Clima, valorizando o papel nacional na mitigação das emissões de gases de efeito estufa.
OLHAR PARA A FRENTE
Serão necessários R$ 90 bilhões para atingir a produção de etanol, biodiesel e biogás prevista para 2030, conforme a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia (MME). Os custos operacionais foram estimados R$ 722 bilhões.
A produção de etanol está estimada em 49 bilhões de litros para 2030. Além da participação da cana-de-açúcar, os volumes de etanol lignocelulósico (2G, segunda geração) e de etanol de milho estão calculados, respectivamente, em 2,0 e 2,3 bilhões de litros.
Os investimentos necessários são da ordem de R$ 15 bilhões em usinas greenfields e R$ 8 bilhões em brownfields de etanol, entre 2018 e 2030. Para o etanol lignocelulósico, os valores foram estimados em R$ 13 bilhões e custos operacionais de R$ 5,8 bilhões. Na construção de plantas de etanol de milho será preciso investir em torno de R$ 5 bilhões e de R$ 4 bilhões em custos operacionais.
A demanda de biodiesel é determinda pelo percentual a ser adicionado à demanda projetada de diesel B, a qual atinge 68 bilhões de litros em 2030. Dessa forma, a demanda de biodiesel alcançaria 12 bilhões de litros em 2030. Os investimentos em ampliação e construção de novas unidades para a produção de biodiesel no período totalizam cerca de R$ 3 bilhões.