Ao sabor da brisa

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Preço impulsiona o plantio e deve motivar a expansão no ciclo 2018/19

Navegando nos bons ventos da demanda mundial, de preços internacionais mais firmes e dólar fortalecido, a cotonicultura brasileira aproxima-se de seu teto produtivo histórico na safra 2017/18. O clima ajudou e tanto a produção tradicional quanto o cultivo de safrinha apresentaram bom desempenho. O início da colheita já trouxe extrato de ótima produtividade e qualidade de fibra, o que – associado ao cenário internacional – fortalece as posições do País no mercado externo.

O levantamento da safra 2017/18 publicado em maio pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirma que o País deverá alcançar 1,942 milhão de toneladas de algodão em pluma. Na temporada 2010/11, o Brasil chegou a 1,959 milhão de toneladas, 17 mil toneladas a mais; no entanto, plantou 1,4 milhão de hectares. Na safra 2017/18, que é colhida entre maio e julho nas principais regiões, a área é de 1,176 milhão de hectares. A diferença está na produtividade, com o algodão em pluma gerando 1.400 quilos por hectare no período 2010/11, com rendimento de 38,3%, e 1.652 quilos por hectare na etapa 2017/18, quando o aproveitamento pulou para 40%. Algumas consultorias privadas arriscam projeção mais próxima de 2 milhões de toneladas.

Este salto no rendimento médio deve-se à evolução das tecnologias, e também ao clima, que foi bastante favorável, segundo o analista Bruno Nogueira, da Conab. “No ciclo 2010/11 chegamos a ter projeção pela qual a safra superaria a 2 milhões de toneladas de pluma. Os números atuais ainda não são finais e podem sofrer pequenas alterações para mais ou para menos, de acordo com a evolução da colheita”, reconhece.

MOMENTO BAIANO:  A retomada produtiva da Bahia, por exemplo, é emblemática. A cotonicultura baiana, que tem na qualidade de fibra e na brancura características diferenciais, sofreu com secas e com o avanço de pragas, que aumentaram o custo de produção e reduziram a produtividade, a produção e a rentabilidade. Júlio Cézar Busato, presidente da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), destaca que em sete safras esta deve ser a segunda melhor colheita no Oeste baiano.

O otimismo é tanto que a entidade já projeta seguir ampliando a superfície semeada nas próximas três temporadas para respaldar a capacidade instalada, que é de até 400 mil hectares. Mantidos o cenário cambial e os preços internacionais, a limitação será restrita ao clima e a fatores agronômicos. No ciclo 2017/18 foram cultivados cerca de 265 mil hectares.

Busato enfatiza que a crise hídrica e sanitária descapitalizou o setor e gerou endividamento. Na safra 2016/17 e no ciclo 2017/18 os cotonicultores estão tratando de aproveitar as boas colheitas e os preços mais elevados para colocar as contas em dia e retomar a capacidade de investimento. Isso se nota na movimentação da economia regional, com a volta do otimismo, traduzido pela geração de empregos e renda. Elcio Amarildo Bento, analista da consultoria Safras e Mercado, destaca que no Mato Grosso a rentabilidade em maio batia em 17% líquidos, índice que raras atividades conseguem no agronegócio mundial. “Este é um grande incentivo para produzir”, resume.

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