Pesquisa encomendada pelo Sindiveg mostra que, entre janeiro e setembro de 2024, foram tratados mais de 1 bilhão de hectares, com destaque para os cultivos de soja, milho e algodão
Entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil registrou um aumento de 10,9% nas áreas tratadas com defensivos agrícolas quando comparado com o mesmo período do ano anterior, totalizando mais de 1 bilhão de hectares. Os números são resultados de pesquisa encomendada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg) para a Kynetec Brasil, que destaca a soja, o milho e o algodão como os principais cultivos impulsionadores dessa expansão.
A análise revela que o volume de defensivos agrícolas utilizados para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas cresceu 10,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse montante está dividido entre herbicidas (45%), inseticidas (26%), fungicidas (20%), tratamentos de sementes (1%) e outros (9%).
Para obter esses resultados, a metodologia Produto por Área Tratada (PAT) considera além da adoção de cada manejo por área cultivada, o número de aplicações e de misturas no tanque utilizados para o controle das diferentes pragas, doenças e plantas invasoras.
Analisando os nove primeiros meses de 2024, a área PAT é representada da seguinte forma: soja (35%), milho (27%), algodão (12%), pastagem (6%), cana (5%), trigo (4%), feijão (3%), citros (2%), hortifruti (1%), café (1%), arroz (1%) e outros (3%). Nesse cenário, o valor de mercado totalizou US$ 11 bilhões, o que representa uma queda de 4,7% em comparação aos mesmos nove meses de 2023, quando atingiu 12,3 bilhões.
Em relação à distribuição regional, o valor de mercado dos defensivos agrícolas está dividido em Mato Grosso e Rondônia (29%), São Paulo e Minas Gerais (19%), BAMATOPIPA (14%), Paraná (10%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (9%), Mato Grosso do Sul (8%), Goiânia e Distrito Federal (8%) e outros (3%).
Vale ressaltar que este crescimento é resultante da maior infestação por pragas, doenças e plantas invasoras nos principais cultivos. Alguns exemplos são os casos de cigarrinha (milho verão e milho 2ª safra), mosca branca e lagartas (soja, milho e algodão) e bicudo (algodão).
Expectativas para safra 24/25
Para a safra 2024/2025, espera-se que a área tratada com defensivos agrícolas cresça 6%, totalizando mais de 2 bilhões de hectares, distribuídos entre soja (55%), milho (17%), algodão (8%), pastagem (5%), cana (4%), trigo (3%), feijão (2%), hortifruti (2%), café (1%), citros (1%), arroz (1%) e outros (1%).
Ao analisar os cultivos mais relevantes em termos de PAT, a pesquisa também indica que a área potencial tratada para soja deve crescer +7%, com ênfase no combate a percevejos (4,7%) e lagartas (14,3%), além da utilização de fungicidas protetores (19,4%). O milho deverá refletir um crescimento em área tratada de +4%, com maiores movimentações na 2ª safra (milho safrinha) principalmente no controle de lagartas (10,2%) e cigarrinha (5,4%), manejo com fungicidas foliares (3,8%) e atrazina/terbutilazina (1,5%). Para o algodão, espera-se um crescimento de 6,6%, com maiores focos no tratamento de bicudo (1,2%), pulgão (24,1%), além das aplicações com fungicidas premium (3,9%) e acaricidas (16,1%).
Sobre o Sindiveg
Há mais de 80 anos, o Sindiveg – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal atua no Brasil representando o mercado de defensivos agrícolas no País, com suas 26 associadas, e dando voz legalmente à indústria de produtos de defesa vegetal em todo o território nacional. O Sindicato tem como propósito a promoção da produção agrícola de forma consciente, com o uso correto dos defensivos, bem como apoiar o setor no desenvolvimento de pesquisas e estudos científicos, na promoção do uso consciente de defensivos agrícolas, sempre respeitando as leis, a sociedade e o meio ambiente. Mais informações: www.sindiveg.com.br