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julho 1, 2022Consultoria projeta 116,10 mi de t para as duas safras de milho
O nono levantamento da DATAGRO sobre a safra brasileira 2021/22 de soja aponta para 41,67 milhões de hectares, incremento de 6,1% sobre os 39,29 mi de ha da temporada 2020/21 — em maio, no 8º levantamento, era previsto 41,23 mi de ha. Esse número confirma a direção da projeção inicial da consultoria para a área de plantio, divulgada em julho do ano passado, de 40,57 mi de ha, que acabou sendo intensificado pelos produtores durante o período de definição.
Todavia, o País colheu uma safra muito inferior ao potencial inicial, estimado em cerca de 145 milhões de toneladas. A exemplo da temporada anterior, o modelo climático vigente foi o La Niña, que apesar da intensidade de fraca a moderada, acabou trazendo expressivo prejuízo à nova safra de milho de verão e, especialmente, à soja.
Parte dessas perdas foram amortecidas pelos interessantes rendimentos alcançados nos estados do Centro-Norte. Devido a isso, a DATAGRO revisou sua previsão para 126,18 mi de t, 1,1% acima das 124,86 mi de t estimadas em maio, mas ainda bem abaixo das 142,05 mi de t projetadas em dezembro do ano passado. Em caso de confirmação, esse volume será 9,1% inferior à safra recorde de 2020/21, quando foram colhidas 138,81 mi de t.
“O aumento de área aconteceu de forma praticamente homogênea em todo o País, com destaques percentuais para os incrementos nas áreas de Cerrado e Campos Gerais de Roraima, Pará e Rondônia e também com avanços expressivos no Centro-Oeste e Sudeste”, diz Flávio Roberto de França Junior, coordenador de Grãos da DATAGRO.
“No entanto, a produtividade caiu intensamente nos estados da região Sul do País, Mato Grosso do Sul e Rondônia, com ganhos apenas no Mato Grosso, Goiás, São Paulo, região do Mapito (Maranhão, Piauí e Tocantins) e Roraima”, complementa França Junior.
Milho
A análise da DATAGRO continua indicando avanço de 5% na área destinada ao milho de verão no País na safra 2021/22, passando de 4,40 mi de ha para 4,60 mi de ha, sendo 3,11 mi de ha no Centro-Sul — 4% superior aos 2,99 mi de ha de 2020/21 — e 1,49 mi de ha no Norte/Nordeste, 6% a mais ante a temporada anterior.
A 1ª safra de milho teve o potencial de produção ajustado para 24,85 mi de t — 18,20 mi de t do Centro-Sul e 6,65 mi de t do Norte/Nordeste –, um pouco acima das 24,84 mi de t da estimativa de maio, mas 1% abaixo da também complicada safra de 2021 — 25 mi de t.
O levantamento da DATAGRO traz ajuste para cima na área do milho de inverno: passando dos 17,69 mi de ha apontados em maio para 17,96 mi de ha, sendo 15,21 mi de ha do Centro-Sul e 2,75 mi de ha do Norte/Nordeste, 12% superior aos 16,07 mi de ha do ano passado.
O potencial de produção do País para a 2ª safra é de 91,25 mi de t, ante 89,50 mi de t apontadas no levantamento anterior, aumento de 45% sobre as 62,72 mi de t da fortemente quebrada temporada de 2021. Desse total, a região Centro-Sul responderia por 83,55 mi de t e o Norte/Nordeste por 7,70 mi de t.
No total das duas safras, o Brasil tem previsão de área para 2021/22 de 22,57 mi de ha, 10% acima dos 20,47 mi de ha do ano passado. Quanto à produção, projeta-se 116,10 mi de t, contra 114,35 mi de t previstas em maio — 32% acima da comprometida temporada 2020/21, quando foram colhidas 87,72 mi de t.