As tecnologias e tendências que moldam o supermercado do futuro
fevereiro 27, 2019Jornal da Emater 13ª Edição 2019
março 11, 2019A solenidade oficial de abertura da 24ª Feira Nacional de Cafeicultura Irrigada foi marcada por discursos de esperança. Esperança de um futuro melhor na cafeicultura; esperança de um mercado melhor; e de um equilíbrio entre a oferta e a demanda no setor cafeeiro.
Entre os presentes, destacam-se o presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA), Claudio Morales Garcia; a secretária de Agricultura do Estado de Minas Gerais, Ana Maria Soares Valentini, representando o governador do Estado Romeu Zema; o prefeito de Araguari, Marcos Coelho de Carvalho; o deputado federal Zé Vitor; o deputado Estadual Raul Belém; o presidente da Câmara Municipal de Araguari, Wesley Lucas; Francisco Sérgio de Assis, presidente da Federação dos Cafés do Cerrado; o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC) Silas Brasileiro; o diretor executivo do Mapa, Silvio Farnese, representado a Ministra de Agricultura e Agropecuária, Teresa Cristina Corrêa Costa Dias; o presidente Cecafé, Nelson Carvalhaes; o diretor da Faemg, Breno Mesquista; o secretário Municipal de Agricultura de Araguari Danilo Franco, entre outros.
Para o presidente da ACA, Claudio Morales Garcia, o café é um bem material precioso em nosso país, não só para sua economia, mas também faz parte de nossa tradição. “Nós, enquanto produtores de café, não devemos nos intimidar com a crise no setor cafeeiro. Quando temos que na verdade é estarmos prontos para buscar recursos que elevem a qualidade da produção e a competitividade nos mercados nacional e internacional. A necessidade de se atualizar e de investir na lavoura e nas técnicas de manejo vem ao encontro de uma cafeicultura mais sustentável e preparada para atender, principalmente, os desafios do Brasil quanto às demandas de consumo globais”, afirma.
Sempre conciso em seus discursos, Francisco Sérgio de Assis, da Federação dos cafeicultores do Cerrado; também falou sobre o aumento do consumo no mercado interno. “Devemos ser exemplos não só de produtor, como também de consumidor”; garante. Assis também falou um pouco da federação, que engloba 55 municípios e possui mais de 240 mil hectares de café plantados, dos quais cerca de 110 mil hectares são irrigados. É também a única região que possui a Denominação de Origem, o que garante a origem e a qualidade do café produzido no cerrado. “Feiras como esta apresentam tecnologias e soluções que garantam a alta produtividade e produtos com resistência a pragas e doenças”.
Já o presidente CNC Silas Brasileiro, parabenizou a diretoria da ACA por promover um evento como este e afirmou que os produtores são a razão deste encontro. “O desafio é grande, mas as soluções pelos governos devem gerar estímulo e incentivo ao produtor de café”, afirma.
Para Brasileiro, tão importante quanto produzir mais, é consumir mais. “Devemos incentivar o consumo, construindo uma produção com equilíbrio entre oferta e demanda; é claro que o produtor se preocupa com a renda e com a qualidade do seu produto, mas tem que aprender também a vender seu café. Devemos levar para a comunidade tudo que fazemos de bom e de importante nas áreas econômica e social”.
Em números, Silas Brasileiro disse que o café está presente em 1900 Municípios brasileiros; gerando cerca de 8,4 mi de empregos. “Dada à importância da cafeicultura devemos produzir, vender e garantir renda ao nosso produtor”.
O deputado Estadual Raul Belém salientou o privilégio para Araguari em sediar um evento como a Fenicafé. “É hora de virar o jogo”, diz, ao se referir à crise no setor cafeeiro. “Estamos empenhados em aprovar na Assembleia Legislativa meios que possam mudar os rumos da cafeicultura no estado; colocando em pauta tudo que é de interesse dos produtores rurais de Minas Gerais; estamos também estudando a possibilidade de criação de um frente parlamentar em favor do setor, fortalecendo o nosso estado e fazendo um país cada vez maior”, destaca.
Também presente na abertura da Fenicafé, o deputado federal Zé Vitor disse que é hora de transformar o campo em um espaço cada vez mais forte. “A lei da oferta e demanda é rigorosa. A produtividade praticamente triplicou nos últimos anos, dadas as mais modernas técnicas de plantio e cultivo. A irrigação, por exemplo, é transformada em ação”, detalha, ao falar também sobre as questões ambientais. “A burocracia muitas vezes nos impede de avançar”
Zé Vitor também defendeu a manutenção e fortalecimento do Funcafé – Fundo Nacional do Café. “É hora de remar para frente. De mãos dadas para um campo cada vez mais forte”, conclui.
Representado a Ministra de Agricultura e Agropecuária, Teresa Cristina Corrêa Costa Dias, o diretor executivo do MAPA Silvio Farnese, frisou o “maravilhoso trabalho feito pela ACA através da Fenicafé. “O setor vive do dinamismo, apesar deste momento de crise. A saída é viabilizar os padrões de produtividade e competitividade. Devemos mostrar para mundo que somos competentes ao produzir nosso café e nosso foco está cada vez mais na qualidade”, completa.
O presidente da Câmara de Araguari, Wesley Lucas de Mendonça, parabenizou o tema desta edição, que em 2019, apresenta “Conecte-se ao futuro da cafeicultura”. “Só ficará no mercado a pessoa que tiver condição de inovar. Estamos passando por momentos difíceis, mas é hora de reabastecer as energias e atingir o sucesso”.
O prefeito Municipal de Araguari, Marcos Coelho deu as boas vindas aos visitantes da Fenicafé e parabenizou a ACA pela realização de mais uma edição da feira. “O evento trás em pauta assuntos de extrema relevância para os dias de hoje: a tecnologia; que visa facilitar a gestão e diminuir custos. E a ACA exerce um importante papel juntamente com todos os produtores de café do município”.
Representando do governador do Estado, Romeu Zema, a secretária de Agricultura do Estado de Minas Gerais, Ana Maria Soares Valentini, salientou a importância da pesquisa no avanço da produtividade e lucratividade. “O setor vive momentos difíceis, mas cabe ao governo oferecer ferramentas que proporcione melhores condições ao cafeicultor”. É o caso do programa Certifica Minas Café que tem como principal objetivo a implantação de boas práticas de produção nas propriedades cafeeiras do estado, de modo a aumentar a visibilidade e a competitividade do café mineiro nos mercados nacional e internacional. Segundo a secretária, o maior benefício da certificação é indireto, no sentido de melhoria na gestão das propriedades, o que torna o produtor mais eficiente. Há também uma melhoria na qualidade do café, pois há vários requisitos de boas práticas de produção a serem seguidos para a certificação.
Segundo a secretária, a SEAPA faz um mapeamento do parque cafeeiro no estado, com tamanho da área e sua produção. “Precisamos da informação, para qualquer tomada de decisão. A sustentabilidade não pode ficar em discurso, mas ir pra dentro da propriedade rural”, finaliza.
O evento foi abrilhantado ainda pela Orquestra Sinfônica do 9º Cia da Polícia Militar de Minas Gerais, que além da execução do hino nacional e tocou diversas canções de músicas populares brasileiras.
A Fenicafé é um local para quem busca informações e ferramentas com o objetivo de aprimorar a produção no campo. É referência para o produtor que busca qualidade na produção. A feira agrega também mais dois outros eventos: o 24º Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada e a 21ª Feira de Irrigação em Café do Brasil, que tem por objetivo a discussão e a divulgação de técnicas e pesquisas relacionadas à cafeicultura irrigada.
Mais informações podem ser obtidas através do site www.fenicafé.com.br. Em breve serão abertas as inscrições para os interessados em participar do Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada.