O
tabaco possui umriquíssimo passado. Desde que os europeus tiveram
seu primeiro contato com essa planta, tão logo as caravelas de Cristó-
vão Colombo aportaram no Novo Mundo, em 1492, e testemunharam
indígenas consumindo-a, suas folhas espalharam-se gradativamente
por todo o planeta. As regiões de cultivo foramse expandindo names-
ma proporção, e as terras mais apropriadas à produção de melhor qualidade fize-
ram fortuna. O Brasil esteve entre elas.
E se essa atividade agrícola e industrial acumula umpassado do qual deve se orgu-
lhar, pela riquezaqueproporcionouapovos enações, seu futuro tendea ser nãomenos
brilhante. Na segunda década do século 21, a produção de tabaco permanece como
uma das atividades mais importantes na socioeconomia de dezenas de nações. Seus
benefícios se traduzem em investimentos no campo e na cidade, e nemo acirramento
da ação de organizações não governamentais (ONGs) que se colocam contrárias ao ci-
garro tem inibido de forma pontual omercado global dessa
commodity
.
NoSul doBrasil, três estados têmsuaeconomiaapoiada sobrea cadeiado tabaco, a
pontode noRioGrande doSul esse produtoocupar o segundo lugar nabalança comer-
quandoos
europeus
chegaramaonovo
mundo,em1492,
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tabaco.eele
seguetãopresente
comosempre
esteve,gerando
PROGRESSOem
especialnobrasil
amanhã
cial do agronegócio. Mais: desde 1993 o Brasil é omaior exportadormundial de tabaco, mantendo-se firme nessa posição
desde então, o que só reafirma o aprimoramento das técnicas de cultivo e de beneficiamento no País.
No contexto das atividades agrícolas, o tabaco constitui exemplo para outras cadeias produtivas. Talvez por ter de li-
dar comcobranças constantes, produtores e lideranças sabemque esse setor deve adotar os mais rigorosos controles de
seus processos. No campo e na cidade, a adoção de inéditos programas de responsabilidade social e ambiental se tra-
duz emqualidade de vida e em suporte ao desenvolvimento das regiões. Alémdisso, os mais modernos métodos de cul-
tivo, que favorecem o meio ambiente, garantem os níveis mais baixos no uso de agrotóxicos no comparativo até mesmo
comcadeias produtivas de alimentos. Umdos aspectos é a ampla receptividade que omeio rural demonstra ter em rela-
ção à Produção Integrada, programa que resulta de parceria comoMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Por seu já longo passado, e por sua invejável estrutura produtiva e industrial, ficamais do que evidente que o culti-
vo do tabaco, formal, gerador de empregos e de renda, tem futuromuito promissor. As sementes de umbelo amanhã
são semeadas a cada ano, e as folhas colhidas em diversas regiões do País garantem o sustento de milhões de pesso-
as. São propriedades diversificadas, que se dedicam a várias culturas, mas que não desprezam a riqueza advinda de
sua principal fonte de renda, as folhas do tabaco de qualidade reconhecida. É essa história, dinâmica e sintonizada
com o novo tempo, que o
Anuário Brasileiro do Tabaco 2016
convida a conhecer. Quando a humanidade descobriu
o Novo Mundo, descobriu o tabaco, que, assim, é praticamente sinônimo de um novo mundo.
n
Sementesdo
Inor Ag. Assmann
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