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Consumo seria de 55 quilos de arroz e 30 de feijão por habitante ao ano
Pesquisas realizadas nas regiões metropolitanas de Goiânia (GO) e de Cuiabá (MT) pela Embrapa Arroz e Feijão e pela Universidade Federal de Goiás (UFG), sob coordenação do pesquisador Carlos Magri Ferreira, demonstram que nestas capitais o consumo de arroz (e de feijão) mantém-se dentro dos padrões esperados, na faixa de 55 quilos de arroz e 30 de feijão por habitante ao ano. Isso apesar das mudanças verificadas nos hábitos alimentares, dos lanches substituindo jantares e das refeições fora de casa.
“Nota-se que o consumidor, apesar de inúmeros fatores, como o curto espaço de tempo para as refeições, sabe da importância nutricional do arroz com feijão, os vê como alimentos de qualidade e acessíveis e sente a necessidade de consumi-los ao menos uma vez por dia”, resume Magri Ferreira, que deve levar a pesquisa para pelo menos mais três capitais em 2018: São Paulo (SP), Palmas (TO) e Florianópolis (SC).
No entanto, em análise mais ampla, baseada na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi evidenciada queda de 17% no consumo de arroz em domicílios brasileiros nos últimos 20 anos. Para Magri Ferreira, embora sua pesquisa se resuma a uma amostragem dos hábitos alimentares de duas regiões metropolitanas até agora, há indicativos de que esta queda pode ser menor. “Quem vai a um buffet a quilo, por exemplo, tem diversas opções, mas muitas destas pessoas consomem ali também o arroz e feijão que não consumiram em casa”, comenta. “A POF é importante, mas se concentra no que é consumido e gasto com alimentação no domicílio, e não no que o consumidor come na rua”.
