Quando o futuro morreu?

Imaginar, acreditar ou projetar que o futuro será finalmente a época na qual a sociedade viverá o melhor dos mundos costuma ser identificado como uma utopia. Trata-se sempre de um sentimento otimista. E quando o futuro passa a ser imaginado como um tempo pior? Um tempo no qual o homem e a sociedade foram transformados a ponto de não serem mais capazes de decidir sobre o seu destino, de não perceberem mais o que e quem são? Temos, então, uma imaginação distópica. Temos um mundo que deixou de acreditar no futuro e passou a temê-lo. As décadas do entre e pós-Guerras são marcadas por esse sentimento e a literatura de escritores como Eugene Zamiatin, Aldous Huxley, George Orwell, Kurt Vonnegut e Ray Bradbury registra as ansiedades que os anos pela frente inspiravam. Essa é também a época da emersão e consolidação da sociedade tecnológica e dos grandes meios de comunicação como fenómeno social mundial. A tecnologia e a mídia serão fundamentais para a imaginação dos mundos distópicos e estarão completamente associadas à construção de sociedades totalitárias, estáticas, unificadas e ameaçadoras. Definitivamente, os meios de comunicação não faziam parte dos sonhos para uma sociedade melhor.
Autor: Rudinei Kopp

Imaginar, acreditar ou projetar que o futuro será finalmente a época na qual a sociedade viverá o melhor dos mundos costuma ser identificado como uma utopia. Trata-se sempre de um sentimento otimista. E quando o futuro passa a ser imaginado como um tempo pior? Um tempo no qual o homem e a sociedade foram transformados a ponto de não serem mais capazes de decidir sobre o seu destino, de não perceberem mais o que e quem são? Temos, então, uma imaginação distópica. Temos um mundo que deixou de acreditar no futuro e passou a temê-lo. As décadas do entre e pós-Guerras são marcadas por esse sentimento e a literatura de escritores como Eugene Zamiatin, Aldous Huxley, George Orwell, Kurt Vonnegut e Ray Bradbury registra as ansiedades que os anos pela frente inspiravam. Essa é também a época da emersão e consolidação da sociedade tecnológica e dos grandes meios de comunicação como fenómeno social mundial. A tecnologia e a mídia serão fundamentais para a imaginação dos mundos distópicos e estarão completamente associadas à construção de sociedades totalitárias, estáticas, unificadas e ameaçadoras. Definitivamente, os meios de comunicação não faziam parte dos sonhos para uma sociedade melhor.
Autor: Rudinei Kopp

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