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A Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), em parceria com outras unidades da Embrapa (Cerrados e Informática), reuniu 56 participantes do setor produtivo de Mato Grosso do Sul, para a validação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para o milho 1ª safra (verão) no estado, que inicia o plantio em setembro em alguns municípios. O evento foi realizado por webconferência, no dia 16 de junho de 2020.
O estado possui cerca de 17 mil hectares com milho 1ª safra, na maior parte, em áreas de bacias leiteiras. A expectativa é que a validação desse zoneamento contribua, principalmente, com os pequenos produtores. “Essa abordagem para pequenas propriedades, tem que ser vista e dada a devida atenção, mostrar que existe potencial para o milho 1a safra no estado”, afirma Carlos Ricardo Fietz, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste.
O setor produtivo estava representado por várias regiões do estado – instituições privadas e públicas, cooperativas, fundações, entre eles a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção da Agricultura Familiar (Semagro/MS); Agraer, Aprosoja/MS; Aastec/MS, e Superintendência Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O objetivo é que os presentes, na reunião, contribuam com a validação a partir dos resultados apresentados.
Um dos participantes, o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi, afirma que “o zoneamento de risco climático desenvolvido pela Embrapa, ajuda de sobremaneira o produtor sul mato-grossense a se precaver contra as intempéries do tempo. Com as informações obtidas pelo ZARC, o produtor consegue adequar a melhor janela de semeadura, baseado em seu tipo de solo, região e Variedade/Híbrido a ser semeado. Evitando assim a semeadura fora de época que, entre tantos riscos, impede o produtor de conseguir o seguro agrícola”.
O prazo para que sejam feitas as considerações é até 22 de junho. “Qualquer mudança sugerida nas reuniões visa identificar incoerências que, havendo embasamento técnico, serão anotadas e analisadas”, explicou o pesquisador Fietz.
Metodologia para a validação
Para iniciar a reunião, o pesquisador da Embrapa Cerrados, Fernando Macena, apresentou a metodologia utilizada para validar o zoneamento, baseada no balanço hídrico do solo realizado pelo software Sistema de Análise Regional de Riscos Agroclimáticos (SARRA-H), calibrado pela Embrapa e parceiros, e o o pesquisador Éder Comunello, da Embrapa Agropecuária Oeste contribuiu, dizendo que “o Sistema avalia a probabilidade de atendimento das necessidades de água da planta em diferentes épocas de plantio. Considerando as séries históricas dos dados agrometeorológicos de MS, o ZARC apresenta os riscos de frustração de safra, principalmente por falta de água nas fases mais críticas”.
Esse trabalho é coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que rege e edita as portarias para que os usuários que seguem as recomendações do ZARC possam ser beneficiados pelos programas PSR, Proagro, Proagro+, Garantia Safra e, atualmente, a Susep, quando houver perdas de safra ou grandes prejuízos devido a efeitos climáticos.
Segundo Macena, o ZARC utiliza um procedimento que roda com dados próprios obtidos de estações meteorológicas existentes – neste caso em MS. A manutenção e ampliação dessa base de dados é fundamental para a garantir a qualidade dessas informações “Existem alguns critérios de decisão, não climáticos, com hierarquia superior ao ZARC, que também são adotados, principalmente para a região norte, como zoneamento ecológico econômico e o vazio sanitário da soja, entre outros. A validação é feita para todos os estados do Brasil que cultivam milho 1a safra, antes de serem encaminhadas ao MAPA para a publicação das portarias”.
A fase crítica da cultura do milho 1ª safra são os primeiros 15 dias, para a planta germinar, bem e a fase de enchimento dos grãos. “Se houver água concomitantemente nessas fases, a planta vai mostrar seu potencial máximo.
Resultados nos municípios
O pesquisador Éder Comunello, da Embrapa Agropecuária Oeste, apresentou os resultados dos riscos de sinistros durante os decêndios de plantios nos municípios, levando-se em consideração os eventos climáticos, tipo de solo e ciclo de cultivares.
Os resultados são apresentados para municípios de Mato Grosso do Sul, que dependendo dos decêndios (de setembro a dezembro), tem risco de plantio de 20% (oito anos de sucesso de plantio em dez), 30% (sete anos de sucesso de plantio em dez) ou 40% (seis anos de sucesso de plantio em dez)
Foram apresentados exemplos com milho de 120 dias. Em Dourados, o plantio já é possível entre 1º a 10 de setembro, porém, assumindo um risco de 40%, ou seja, assume-se um risco de frustração de até quatro safras a cada dez realizadas.
“De forma complementar, dizemos que podemos esperar sucesso em seis safras de cada dez. A partir do segundo decêndio (11 a 20 de setembro), o risco passa a ser 30%, chegando a melhor condição em novembro, quando o risco fica em 20%”, diz Comunello. “No município de Amambai, no sul do estado, a situação é um pouco mais confortável, porque já abre o plantio com 30%. Indo para o norte, em Bandeirantes, não se recomenda plantar nos dois primeiros decêndios de setembro, sendo o risco menor de outubro em diante”.
O pesquisador Fietz constatou que, pela reação dos participantes da reunião de validação, houve “coerência nos resultados apresentados”.
ZARC Milho Safrinha
Na primeira quinzena de junho está sendo programada a Reunião para a Validação do Milho Safrinha.
ZARC e Embrapa Agropecuária Oeste
Durante a reunião, o Chefe-Adjunto de Transferência de Tecnologia, Auro Otsubo, representando o Chefe Geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira, lembrou que, os diversos trabalhos desenvolvidos pela Unidade em Dourados nos últimos 45 anos (completados em 13 de junho de 2020) “contribuiu e contribui para consolidar as diferentes cadeias produtivas de Mato Grosso do Sul, a exemplo da soja, do milho, da mandioca e da cana-de-açúcar, para os diferentes sistemas de produção, como sistema plantio direto, integração lavoura-pecuária, integração lavoura-pecuária-floresta. Entre as pesquisas, está o Zoneamento Agrícola de Risco Climático, feitas pelas Unidades da Embrapa no Brasil todo e que consolidamos em nível local esse importante trabalho que minimiza o risco de perdas na produção devido a intempéries climáticas”.
Sílvia Zoche Borges (DRT-MG 08223)
Embrapa Agropecuária Oeste
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