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novembro 23, 2023*Por Flavio Goulart
Quando falamos em sustentabilidade, muitos imaginam uma natureza intocada pelo homem. Na verdade, a natureza é uma via de mão dupla. Ela nos entrega recursos vitais para a nossa sobrevivência e em troca exige ações positivas para manutenção de seus serviços ambientais. Logo, investir em práticas sustentáveis é também alavancar o seu negócio.
A criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em 2015 trouxe um norte de por onde começar. Hoje, o mercado também já dispõe de ferramentas para medir o impacto de uma empresa na biodiversidade do País. Esse é o caso do Instituto LIFE, uma organização normalizadora, sem fins lucrativos, com abrangência internacional, que com uma metodologia própria – reconhecida pela ONU – analisa esse impacto, seja ele positivo ou negativo, para que as instituições entendam onde implementar melhorias, aprimorar a tomada de decisão – maximizando os impactos positivos e avaliar se os investimentos nesta frente estão sendo efetivos. Além de possibilitar a geração de créditos de biodiversidade.
A metodologia parte do pressuposto de que não há como ser zero impacto, pois a partir do momento em que você está ocupando um espaço que antes era da natureza, você está impactando. Dessa forma, o método analisa, além dessa ocupação do território, como ocorre a gestão da água, a economia de energia, a diminuição da geração de carbono e a gestão de resíduos.
Na prática, ações de conservação da natureza alavancam a empresa. E, para isso ocorrer, o investimento nessa frente se faz necessário. Por exemplo, existem muitas formas de otimizar a energia, desde campanhas de conscientização, troca de equipamentos, até a compra de energia com uma distribuidora que opera apenas com fonte 100% renovável.
Em relação aos resíduos gerados diariamente na empresa, a reciclagem é uma aposta inteligente, pois além dos ganhos ao meio ambiente, a prática pode ajudar muitas pessoas, como cooperativas que vivem da reciclagem. O uso consciente da água também é um caminho para fomentar práticas sustentáveis e a implantação de água de reuso é uma opção, pois essa ação reduz o lançamento de esgoto pelas áreas urbanas, economiza água potável e energia elétrica – os ganhos são muitos.
Outro ponto a se atentar é o ecossistema no qual a cadeia produtiva em que determinada empresa faz parte, ou seja, o meio onde ela está inserida e de onde vêm seus suprimentos. O Objetivo número 15 da Convenção da Biodiversidade, que ainda encontra-se em discussão, demanda que as empresas tenham gestão sobre os impactos na sua cadeia de suprimentos. De forma pioneira, mesmo enquanto esse objetivo ainda não está definido, a JTI assumiu a liderança em medir os impactos da cadeia de fornecimento de tabaco e implementar ações de mitigação de impactos. Ações essas que também são medidas e transformam-se em pontuação positiva na matriz de impactos.
Uma das ações nessa frente que pode servir de inspiração é o Conexão Araucária, responsável pela restauração de 335 hectares de mata atlântica no Paraná, em áreas de floresta com araucárias e campos naturais. Hoje, a floresta com araucárias é um dos ecossistemas mais degradados e ameaçados de extinção no Brasil, com menos de 1% de áreas em bom estado de conservação. Para a efetividade do projeto, a JTI – uma das líderes brasileiras em tabaco– estabeleceu ações conjuntas com produtores rurais visando à restauração ambiental de Áreas de Preservação Permanente (APPs) degradadas além de algumas áreas em parques e florestas nacionais. Para além dos ganhos ambientais e sociais, esse tipo de iniciativa também traz ganhos econômicos para a empresa, porque a biodiversidade presente na floresta sequestra o carbono, mantém a água da chuva e renova a água dos riachos, que vão alimentar os rios e que fornecem água para as cidades, beneficiando toda a comunidade. Uma natureza em equilíbrio também impacta no solo e na polinização do local. Logo, auxilia no cultivo das plantações ali presentes, diversificando a produção e melhorando a performance da empresa. Projetos como o Conexão Araucária são ações que contribuem com a conservação da natureza e, portanto, geram impactos positivos, capturados pela metodologia LIFE. O balanço de pontos alcançados pela empresa pode ser auditado por uma empresa certificadora credenciada e resultar na certificação das operações da empresa. Dada a abrangência do projeto no Paraná, a JTI elegeu as operações da unidade de São Mateus do Sul para receber a auditoria e buscar a certificação Nature Positive. Durante o processo de auditória, foram analisadas as práticas sustentáveis presentes na operação e, após o processo no qual foram confirmadas as boas práticas e requisitos, houve a recomendação da certificação, que foi concedida nesta semana. Com essa conquista, a JTI se torna a primeira empresa do setor do tabaco e do agronegócio no mundo a receber a essa certificação.
Só há ganhos em investir na conservação da natureza. É um caminho próspero e assertivo. Sem natureza, não há produção e, sem produção, não existe negócio. Por isso, se você deseja continuar a fazer o que faz agora nos próximos anos, invista em práticas sustentáveis como estratégia do seu negócio, tenho certeza de que não vai se arrepender.
Sobre a JTI
A Japan Tobacco International (JTI) é uma empresa internacional líder em tabaco e cigarro eletrônico, com operações em mais de 130 países. É proprietária de Winston, segunda marca mais vendida do mundo, e de Camel. Outras marcas globais incluem Mevius e LD. Também é um dos principais players no mercado internacional de cigarro eletrônico e tabaco aquecido com as marcas Logic e Ploom. Com sede em Genebra, na Suíça, emprega mais de 40 mil pessoas e foi premiada com o Global Top Employer por oito anos consecutivos. No Brasil, são mais de 1,2 mil colaboradores em nove Estados. A operação contempla a produção de tabaco – por meio de mais de 11 mil produtores integrados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – compra, processamento e exportação de tabaco, fabricação, venda e distribuição de cigarros em mais de 20 Estados do Brasil. As marcas comercializadas são Winston, American Spirit, Djarum e Camel, esta última também exportada para a Bolívia, assim como a marca LD. É Top Employer Brasil desde 2018 e, em 2022, ficou em #1 no ranking nacional, repetindo a conquista em 2023. A JTI acredita na liberdade de escolha de seus consumidores. Por isso, disponibiliza amplamente informações sobre as consequências do tabagismo. Saiba mais em www.jti.com/brasil.