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julho 19, 2021Da área total prevista para o plantio do trigo no Rio Grande do Sul nesta safra, que é de 1,12 milhões de hectares, 94% está plantada, em desenvolvimento vegetativo. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (15/07), de forma vinculada com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), nos últimos dias, em que predominaram temperaturas amenas, dias ensolarados e sem chuvas no Estado, o plantio da cultura avançou apenas 3%, pois grande parte dos produtores aguarda melhores condições de umidade do solo.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a semeadura de trigo nas áreas mais tardias está sendo concluída, conforme previsão inicial e em conformidade com o zoneamento agrícola de risco climático. Nas lavouras semeadas até 15 de junho, a emergência é uniforme, com bom estande de plantas e desenvolvimento inicial lento, devido à baixa luminosidade durante a segunda quinzena de junho; ainda assim, não foi prejudicado o potencial produtivo da cultura, recuperado com os dias frios e ensolarados da semana. Já na de Santa Rosa, o plantio está tecnicamente encerrado, e as áreas implantadas encontram-se em germinação e desenvolvimento vegetativo. A projeção inicial de produtividade é de 3.129 quilos por hectare.
Canola – Na regional de Santa Rosa, 69% das lavouras se apresentam em germinação e desenvolvimento vegetativo, 26% em florescimento, 4% em enchimento de grãos – em áreas implantadas no cedo (abril), e apenas 1% da área cultivada está madura. A projeção inicial de produtividade é de 1.645 quilos por hectare. A temperatura mais elevada durante a semana promoveu maior evolução das plantas. Em geral, os cultivos apresentam boa instalação das lavouras e adequado aspecto fitossanitário. Produtores planejam fazer aplicação de adubação nitrogenada em cobertura, aproveitando a previsão de chuvas.
Nas regiões de Frederico Westphalen, Soledade e Santa Maria, os plantios de canola estão concluídos. Na de Frederico Westphalen, dos 2.700 hectares plantados, 70% estão em germinação e desenvolvimento vegetativo e 30% em floração. Em Soledade, as lavouras apresentam bom estande de plantas, bom desenvolvimento vegetativo e adequado estado fitossanitário. Na de Santa Maria, a área total implantada chegou a 3.190 hectares; 99% das lavouras encontram-se em desenvolvimento vegetativo e 1% em início de floração.
Aveia branca grão – Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, os cultivos apresentam ótimo estado fitossanitário e desenvolvimento vegetativo, condições devidas em grande parte às temperaturas favoráveis. Em Tenente Portela e em alguns municípios localizados mais a Noroeste, próximos ao Rio Uruguai e à fronteira com Argentina, as primeiras lavouras plantadas já se encontram em início da formação de grãos. O preço médio praticado na região é de R$ 42,50/sc. de 60 quilos.
O tempo favorável ao longo da semana na regional de Bagé permitiu a conclusão da semeadura de aveia branca grão na Campanha. As condições de umidade do solo, combinadas com temperaturas elevadas, proporcionam excelente desenvolvimento inicial e estande das lavouras. Em Hulha Negra, o desenvolvimento das áreas implantadas em junho melhorou em função da alta disponibilidade de radiação solar e das temperaturas amenas. Na Fronteira Oeste, em Maçambará, o plantio foi finalizado na área de 1,5 mil hectare, e as lavouras apresentam boas condições de estabelecimento e desenvolvimento inicial.
Cevada – Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Soledade e Erechim, as lavouras estão com adequado desenvolvimento vegetativo. As expectativas de produtividade são de 3.524 quilos por hectare em Frederico Westphalen e de 3.300 em Soledade. O preço do cereal está cotado a R$ 77,00 em Soledade; em Erechim, a R$ 95,00/sc. de 60 quilos.
OLERÍCOLAS E FRUTÍCOLAS
Batata – Na região de Passo Fundo, segue a colheita, chegando a 60% da safrinha de 330 hectares; tubérculos de boa qualidade. Os preços da saca de 50 quilos do produto seguem em baixa: batata rosa, a R$ 30,00; branca, a R$ 40,00. Na de Santa Maria, a colheita da safrinha foi concluída em Silveira Martins. A produtividade ficou dentro do esperado, em torno de 25 mil quilos por hectare. O saco de 50 quilos da batata branca é de R$ 40,00; da rosa, R$ 45,00.
Mandioca/Aipim – Em São Sebastião do Caí, na regional de Lajeado, a safra se encaminha para o final, e a comercialização da produção deverá se estender, no máximo, até agosto. O preço na Ceasa está em R$ 15,00/cx.de 20 quilos. Na de Santa Rosa, as geadas causaram intensa desfolha das plantas de mandioca. A maior parte do material propagativo, destinado à implantação da próxima safra, já foi acondicionado e produtores foram orientados a manter a cobertura das ramas com material que garanta a qualidade das gemas. A mandioca é comercializada a R$ 45,00/cx. de 25 quilos; descascada e posta nos mercados, entre R$ 3,50 e R$ 4,00/kg; descascada na feira direto ao consumidor, entre R$ 5,00 e R$ 6,00/kg.
Oliva – A cultura está em entressafra. Na regional de Pelotas, olivicultores realizam as atividades de poda, que avançaram de forma significativa, chegando a quase 55% dos pomares, também devidamente manejados com a prática de desrama, a fim de permitir a boa ventilação no interior das copas. Seguem o monitoramento de pragas e os manejos fitossanitários preventivos com fungicidas à base de cobre. Produtores seguem participando de concursos de qualidade de azeite em âmbito nacional e mesmo em certames internacionais, e algumas marcas da região alcançam importantes premiações. Todos os olivicultores exploram a bovinocultura de corte e a ovinocultura nos pomares neste período, aproveitando as forragens das áreas. Empreendedores planejam implantar novos olivais. Em Canguçu e Pedro Osório, foram criados programas municipais de fomento para expansão da olivicultura.
PASTAGENS E CRIAÇÕES
Apesar das baixas temperaturas, ao longo da semana as condições do tempo se modificaram: aumentaram o calor e a luminosidade solar, mantendo assim a umidade no solo e beneficiando o desenvolvimento das pastagens cultivadas de inverno. Sem poças ou acúmulo de barro, as condições foram favoráveis ao pastoreio sem causar danos às pastagens. Foram realizadas adubações em cobertura e ajustes de lotação dos animais conforme a disponibilidade de forragem.
APICULTURA – Com a melhora nas condições do tempo e a maior insolação, as abelhas retomaram a busca por alimentos. As atividades dos apicultores se restringem aos manejos de inverno, como fornecimento de alimentação, limpeza, redução do alvado, colocação de poncho e construção de novas caixas; também operam a comercialização da última safra, que ainda mantém os preços estáveis apesar do aumento da procura. Nas regionais de Soledade, Passo Fundo e Ijuí, nessa época do ano o nabo forrageiro é uma das principais espécies em floração, além das astrapeias, eucaliptos e espécies nativas. Na de Santa Rosa, além o nabo forrageiro, o destaque são as floradas das lavouras de canola.
PISCICULTURA – A queda brusca da temperatura da água tem influenciado na redução do metabolismo dos peixes, que passam a demandar o mínimo fornecimento de alimentos. Tais condições podem comprometer a imunidades dos peixes, sendo necessária maior atenção por parte dos produtores. Em algumas regiões, o sol contribuiu com a melhora do ambiente, pois a oxigenação da água foi favorecida. Na regional de Erechim, foram relatados casos de parasitismo por lernea e de mortes de peixes, especialmente lambaris. Na de Porto Alegre, foram registradas mortes de tilápias, provavelmente relacionadas às baixas temperaturas.
PESCA ARTESANAL – Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, registrou-se grande quantidade de pescado capturado, principalmente de abrótea, anchova, pescada, papa-terra e tainha. As condições do mar e as condições do tempo favoreceram a aproximação dos cardumes da costa, resultando em capturas abundantes. Em águas interiores e nas lagoas do Casamento e dos Patos, segue o registro de poucas capturas de violinha, cará, robalo, traíra, tainha e jundiá. Foi registrada boa produtividade na pesca de camarão em Cidreira, com captura de 300 quilos na primeira semana de julho.
Na de Pelotas, a pesca na Lagoa dos Patos está em defeso até 30 de setembro; até lá, os pescadores artesanais de Rio Grande recebem o seguro defeso. Os de Pelotas ainda estão encaminhando a documentação e esperando a primeira parcela do seguro. Já na de Santa Rosa, o nível do Rio Uruguai baixou durante a semana em função da ausência de chuvas, desfavorecendo as condições de turbidez da água necessárias à atividade de pesca. Apesar disso, aumentou a oferta de pintado amarelo e cascudo.
Foto de Marcela Buzatto, jornalista da Emater/RS-Ascar na região de Frederico Westphalen