A
comercialização externa de se-
mentes produzidas no Brasil
ainda é pequena. Atingiu 46,7
mil toneladas e US$ 157,7 mi-
lhões em 2016, representando
índices 22,7% e 6,6% superiores aos alcan-
çados no ano anterior, respectivamente. En-
quanto isso, no primeiro semestre de 2017,
comparado aomesmo período anterior, am-
bos os números foram menores. Porém, há
fatos novos surgidos em nível público que
devem favorecer o incremento das opera-
ções externas.
Um deles é a nova instrução normativa
(IN 25) publicada em julho de 2017 pelo Mi-
nistério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento (Mapa) e com previsão de entrar em
vigor no mês seguinte, simplificando pro-
cedimentos de exportação e importação,
que eram alvo de reclamação. A expectati-
vadoMapa édeque amedidadeverá contri-
buir para ampliar a participaçãobrasileira no
mercado internacional dosetor.
Ainstrução,conformeVirgíniaCarpi,coor-
denadora de Sementes eMudas doDeparta-
mento de Fiscalização de Insumos Agrícolas
(DFIA), do Mapa, visa desburocratizar e dina-
mizarosegmento.Asprincipaisinovaçõesre-
ferem-seà reduçãode formulários, otimizan-
do o uso do Sistema Integrado de Comércio
Exterior(Sicomex)edosistemaVisãoIntegra-
da do Comércio Exterior (Vicomex), vindo a
eliminar duplicidadesdedocumentos.
Por outro lado, já em 2016, em visita de
comitivaeuropeiaaoPaís,oBrasilobtevecer-
tificado de equivalência da União Europeia,
aprovando o sistema brasileiro de controles
de sementes e avalizando a equiparação ao
europeu.Aperspectivatrazidapelaavaliação
eradeaberturadaexportaçãoparaestemer-
cado, após passar por detalhamentos técni-
cos específicos em nível ministerial. Os pri-
meiros itens a serem abrangidos são milho
e forrageiras de inverno, a partir demateriais
europeusdeclimatemperadoaseremmulti-
plicados emnível nacional.
Sementes de milho e de forrageiras (po-
rém as tropicais) são as que se sobressaem
por enquanto na venda externa do setor no
Brasil. As primeiras cresceram em 2016, em
relação a 2015, alcançando quase 31mil to-
neladas e US$ 84,76 milhões, mas apresen-
tam diminuição no primeiro semestre de
2017, na comparação com o mesmo perí-
odo anterior. Nas sementes de forrageiras
tropicais, o volume exportado não se alte-
roumuito entre 2016 e 2015 (respectivas 8,4
mil toneladas e 8,5 mil toneladas, e US$ 44
milhões e US$ 47 milhões), mas também
ocorre decréscimo na primeira metade do
ano emcurso.
n
Caminhos
maissimples
Exportação
brasileiradesementesaindaépoucoexpressiva,
massimplificaçãodenormaspelogovernopoderáauxiliarnoseuincremento
Inor Ag. Assmann
20
COMÉRCIO EXTERNO
foreign trade
Números da exportação de
sementes do Brasil
Fonte:
Agrostat/Mapa
Ano
Valor (US$) Volume (Kg)
2015
147.902.092,00 38.073.560,00
2016
157.697.187,00 46.718.336,00
2016
(jan-jun)
68.246.004,00 21.713.730,00
2017
(jan-jun)
62.049.600,00 10.612.942,00
Importação brasileira de sementes
2015
122.709.116,00 14.924.124,00
2016
133.574.739,00 20.980.256,00
2016
(jan-jun)
67.846.330,00 13.008.700,00
2017
(jan-jun)
64.886.172,00 12.216.812,00
