Jornal da Emater - Edição 2 - page 19

O
cultivo de hortaliças está
entre as atividades agrícolas
mais rentáveis. Mas tam-
bém entre as de maior risco.
Consagrada nas últimas décadas pela
mudança de hábitos alimentares, o mer-
cado para este tipo de produto tem avan-
çado em escala geométrica. E junto com
ele, a geração de empregos no campo.
Segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, um hectare de
hortaliças gera de três a seis empregos
diretos. “Isto acontece devido à elevada
exigência de mão de obra, desde a se-
meadura até a comercialização”, explica
o engenheiro agrônomo da Emater/RS-
-Ascar da região administrativa de Ijuí,
Gilberto Bortolini.
Atividade de alto risco, a produção de
hortaliças, no entanto, tem encontrado
apoio da Extensão Rural para manter-se
competitiva no mercado, enfrentando
instabilidade de preço, doenças fitos-
sanitárias e clima adverso. Na região
administrativa da Emater/RS-Ascar de
Ijuí, a venda de hortaliças gera renda e
emprego para mais de 2.500 famílias da
agricultura familiar.
São 1.100 hectares de hortaliças culti-
vadas no campo e 35 hectares cultivados
sob o plástico. “O volume anual produzi-
do na região atinge as 20 mil toneladas,
metade dessa produção é de aipim, milho
verde e repolho”, constata Bortolini, en-
fatizando que Ijuí se destaca entre os 46
municípios da região, respondendo por
25% da área cultivada com hortaliças.
O principal eixo de atuação da Ema-
ter/RS-Ascar é junto da produção, orien-
tando o produtor quanto a fatores como
fertilidade do solo, escolha de culturas
e cultivares, períodos de cultivo, mane-
jo de pragas e doenças, tratos culturais,
uso racional da água e assim por diante.
Como o produto é bastante perecível,
os extensionistas ainda estimulam as
cadeias curtas de comercialização, em
espaços como feiras municipais e regio-
nais, supermercados e restaurantes, por
exemplo.
A proprietária do restaurante Cozi-
nha Brasil, Sandra Kist, é um exemplo
clássico do tipo de consumidor que os
produtores buscam. Ela vai à Feira do
Agricultor em Ijuí três vezes por sema-
na. “Tenho a opção de escolher alimen-
tos da época e com preço bom. Acho
muito prático”, comenta a empresária,
que ressalta o clima de amizade com os
agricultores “Eles (feirantes) já guardam
pra mim, dizem ‘tenho vagem, tenho tal
coisa’. Sempre comprei lá, é uma relação
de confiança”, completa Sandra.
Mesmo distante
de grandes
centros populosos,
olericultura se
consagra como
fonte de renda em
propriedades com
espaço reduzido na
região de Ijuí
REGIONAL IJUÍ
Tá na mesa
19
JORNAL DA
EMATER
DEZEMBRo de 2016
1...,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18 20,21,22,23,24
Powered by FlippingBook