Anuário Brasileiro do Tabaco 2016 - page 25

Informação
Na mesma linha, conforme a pesqui-
sa, 64%dos entrevistados acreditamque
“a renda da família permite que eles le-
vem a vida com facilidade” e 85% pre-
tendem continuar plantando tabaco. A
escolha pela cultura dá-se por diversos
motivos: 90% pela garantia de renda,
89%por sermais rentável/lucrativa, 88%
por terem orientação técnica, e 82% por
existir seguro agrícola. Assistência técni-
ca é recebida por 98%dos entrevistados,
enquanto 97%adquiremsementes certi-
ficadaseutilizamtratores.Ainda87%efe-
tuaram análises de solo nos últimos três
anos e 79% realizam rotação de culturas
paraevitar pragas, doenças e inços.
Outros dados do estudo junto aos
produtores de tabaco apontam interes-
se pela informação. Com grau de esco-
laridade superior a oito anos de estudo
por parte de 45%dos pesquisados, 98%
se dizem bem informados sobre as téc-
nicas de colheita segura e 85% já reali-
zaram cursos sobre manuseio seguro
de agrotóxicos. Além disso, 46% parti-
ciparam de cursos sobre manejo corre-
to do solo e 40% tiveramacesso direto a
orientaçõessobreorganizaçãoougestão
de propriedades rurais, buscando assim
constantemelhoriaemsuaatividade.
Surpreendeu
napesquisa
aelevada rendapara
pequenos produtores
eaexpressivaposse
debens
LuizAntonioSlongo,
professordaUfrgs
produzem tabaco estão nas posições de ponta e apenas 19,6% nos estratos C1, C2,
C3 e D, onde, ao contrário, se enquadra 80% da população brasileira.
Com 3,43 moradores por domicílio, a renda mensal total média apurada entre
os que se dedicam à atividade é de R$ 6.608,70 (R$ 4.601,65 com tabaco), dedican-
do-se 50% também a outras culturas para comercialização (após o plantio princi-
pal, cerca de 80% plantammilho, feijão ou soja, aproveitando a mesma área antes
ocupada com o tabaco), enquanto 39% ainda possuem outras fontes de renda. As
casas dos produtores, na quase totalidade (99%), têm energia elétrica e, em igual
percentual, refrigerador, televisor a cores e água aquecida, pelo menos, para ba-
nho. Outros índices altos identificam a qualidade de vida das famílias dos produ-
tores, como 97% com fossa séptica e 96% com água encanada e máquina de lavar
roupa, 89% com automóvel, 61% commotocicleta, 49% com computador pessoal.
“Ao se fazer um trabalho desta natureza com pequenos produtores, a expecta-
tiva é de encontrar resultados financeiros não tão altos e inclusive realidade mais
sofrida na produção”, comenta Luiz Antonio Slongo, professor da Ufrgs e coorde-
nador geral do estudo. “Mas, de fato e de forma positiva, surpreendeu a elevada
renda para produtores do seu porte e a expressiva posse de bens, a partir da dis-
ponibilidade de energia, a exemplo de máquina de lavar (96%) e de secar roupa
(65%) e ar condicionado (21%).” Da mesma forma, chama-lhe atenção o elevado
grau de satisfação (90%) apurado com o trabalho na atividade agrícola.
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