Sílvio Ávila
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Depois de tempos adoçados na oferta
mundial do açúcar, sobrevêm agora perí-
odos mais magros. A produção começou
a ceder, enquanto o consumo manteve-se
ascendente, gerando déficit global na sa-
fra 2015/16 e reduzindo estoques. A di-
minuição ocorreu também no Brasil, que
é líder mundial no produto, assim como
desponta na matéria-prima que utiliza
para sua fabricação (cana-de-açúcar). En-
quanto isso, voltou a fluir mais o etanol,
que o Brasil, segundo maior produtor,
extrai da cana.
A temporada mundial 2015/16 do açú-
car, conforme números finais divulgados
pelo Departamento de Agricultura dos Es-
tados Unidos (USDA), registrou redução de
6,9%, ficando em 164,9 milhões de tonela-
das. Foi o menor resultado dos últimos cin-
co anos, devido a severos efeitos do fenôme-
no El Niño na maioria dos principais países
produtores, em particular asiáticos, de acor-
do com informações daquele departamen-
to, divulgadas pela Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab).
O consumo, liderado pela Índia, man-
teve-se crescente e alcançou 171,8 milhões
de toneladas, o que acabou gerando défi-
cit de 6,9 milhões de toneladas, segundo a
mesma fonte. A Organização Internacional
Menos doce
Após cinco anos com excesso de açúcar emnível mundial, produção
ficoumenor do que demanda e registrou déficit que pressionou omercado