O verde da cana-de-açúcar no Brasil, lí-
der mundial nesse cultivo, onde o produ-
to se destaca desde os tempos coloniais,
apresenta intensidade cada vez mais forte
na região Centro-Sul. Isso se dá de modo
mais preciso em estados do Sudeste, com
o principal produtor, São Paulo, e o im-
portante vizinho, Minas Gerais, e do Cen-
tro-Oeste, onde se salientam Goiás e Mato
Grosso do Sul, alcançando ainda com ên-
fase o Paraná, mais ao Sul. Não por aca-
so, é nesta área central que ocorre a maior
concentração de usinas de açúcar e de eta-
nol. Enquanto isso, a tradicional região
nordestina cede espaços na cultura.
Evolução de safras acompanhada pela
Companhia Nacional de Abastecimen-
to (Conab), do ciclo 2005/06 até a etapa
2015/16, mostra a confirmação da lide-
rança paulista em área, produção e nú-
meros absolutos de crescimento. O espa-
ço ocupado pela cultura cresceu 1,352
milhão de hectares neste período em ter-
ras paulistanas. Tanto assim que, na últi-
ma safra, o Estado respondeu por 52% da
área e 55% da produção. O Instituto de
Economia Agrícola (IEA) de São Paulo ve-
rifica que se trata do principal produto da
forte agropecuária estadual, rendendo R$
23,89 bilhões em 2015.
Em termos percentuais, o maior avanço
da cana brasileira nos últimos 11 anos acon-
teceu no Centro Oeste, em particular nos
estados de Goiás (337%) e de Mato Gros-
so do Sul (329%). Os goianos chegaram a
ultrapassar Minas Gerais, que ocupava a se-
gunda posição nacional, commaior expres-
são no chamado Triângulo Mineiro e, ain-
da assim, manteve significativo incremento
de área (143%). Omesmo aconteceu no no-
roeste do Paraná, na região Sul, ao lado de
São Paulo. O pouco expressivo Norte regis-
trou maior participação do Tocantins e in-
corporou Rondônia, enquanto o tradicio-
nal Nordeste registrou algum declínio.
Mirando o centro
As principais áreas produtoras de cana-de-açúcar no Brasil estão
concentradas, e vêm crescendomais, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste
Inor Ag. Assmann
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