38
Os estados que são expressivos em la-
ranja na divisa do principal produtor, São
Paulo, revelam confiança na atividade. Mi-
nas Gerais, como enfatiza a Secretaria da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, au-
mentou a participação no total brasileiro
da cultura, de 4,17% para 6,4% na área e de
4,41 para 6,1% na produção, entre 2010 e
2015, pelos dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), embora em
2016 se preveja alguma redução. Em 2015,
foi registrado o nível mais alto, com 987 mil
toneladas. O valor básico obtido chegou a
R$ 410 milhões em 2014.
O chamado Triângulo Mineiro, no Oes-
te do Estado, concentra 71,34% da área e
73,97% da produção, englobando os nú-
meros do lados Noroeste e Norte, enquanto
no Sul se encontra outra região significativa,
com índices respectivos de 13% e 12% do to-
tal do cultivo e da colheita da fruta. Os prin-
cipais municípios produtores (Comendador
Gomes, Frutal e Prata) estão situados no ter-
ritório abrangido pelo Triângulo.
O Paraná, por sua vez, quarto colo-
cado no País pelas últimas projeções do
IBGE, chegou ao terceiro lugar em 2014,
com 979,7 mil toneladas. O órgão federal
de estatísticas prevê volumes menores nos
anos seguintes, com respectivos 900,9 mil e
810,9 mil toneladas. Já o governo do Esta-
do, com base nos dados do Departamento
de Economia Rural (Deral), da Secretaria da
Agricultura e Abastecimento (Seab), divul-
ga o mesmo número para 2016, mas tem
726,6 mil toneladas como referência do
ano anterior, de maneira que assim ocorre
aumento de 11,6% na produção.
A mesma fonte assinala que o valor bruto
do produto, principal da fruticultura parana-
ense, cultivado em cerca de 100 municípios,
comdestaque na regiãoNoroeste (Paranavaí,
Maringá e Londrina), alcance neste ano R$
277 milhões, o mais alto da última década. A
atividade ainda gera três mil empregos dire-
tos e outros três mil indiretos, inserindo três
indústrias de suco. “É uma das mais compe-
titivas do País, com os pomares mais produ-
tivos, tecnologia, investimentos e apoio pú-
blico, pelo Instituto Agronômico do Paraná
(Iapar) e pela Agência de Defesa Agropecuá-
ria (Adapar)”, afirma José Croce Filho, coor-
denador da área na Adapar. Acrescenta que
o bommomento dos preços favorece a reto-
mada de plantios no Estado, onde em2016 a
taxa de renovação deve atingir a 1,5%.
Nas cercanias
paulistas
Vizinhos do
principal Estado
produtor, São Paulo,
beneficiam-se das
condições de clima e da
proximidade comomaior
centroconsumidor