Inor Ag. Assmann
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PERFIL DOS LARANJAIS
PROFILE OF THE ORANGE ORCHARDS
Quadro do Cinturão Citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro
Estimativa inicial da safra 2016/17
Fonte:
Fundecitrus/Maio 2016.
Variedades
Área de pomares Árvores produtivas
produtivos (ha)
(mil árvores)
Hamlin, Westin e Rubi
64.943
28.304
Valência Americana, Argentina,
Seleta e Pineapple
18.317
8.256
Pera Rio
124.379
59.668
Valência e Valência Folha Murcha
134.350
60.432
Natal
44.710
18.888
Total est. safra 2016/17
386.699
175.548
Total safra 2015/16
403.492
174.126
nova safra, esta se iguala ao volume obti-
do no ciclo 1990/91. Depois houve picos
nas etapas 1997/98, 1999/00 e 2011/12,
com respectivos totais de 428, 436 e 416
milhões de caixas. Entre as fases 2014/15
e 2015/16, houve redução de 2,6%, che-
gando a 301 milhões de caixas. Desse to-
tal, cerca de 85% foram destinados ao pro-
cessamento industrial.
Além disso, informa a associação, o ren-
dimento industrial da temporada chegou a
diminuir 25,7% e foi o pior já registrado na
história da citricultura paulista: 302,2 caixas
necessárias para produzir uma tonelada de
suco concentrado a 66º Brix (FCOJ equiva-
lente). “A piora tem como causa as chuvas
acima da média provocadas pelo fenômeno
El Niño
durante os meses de pico de colhei-
ta, com o que não apenas o percentual de
suco na fruta caiu, como aumentou o per-
centual de casca e polpa”, comenta Ibiapa-
ba Netto, diretor-executivo. Cita ainda que
o brix médio da fruta caiu, causando “enor-
me dificuldade na produção de suco de la-
ranja pasteurizado, o chamado NFC”. A in-
dústria perdeu cerca de R$ 1,1 bilhão.
Com isso, a produção de suco na sa-
fra 2015/16 diminuiu para 882,5 mil to-
neladas de FCOJ equivalente (865,5 mil
toneladas do cinturão citrícola e 17 mil
destinadas por Rio Grande do Sul e Para-
ná a indústrias paulistas). Ainda conforme
os dados da entidade divulgados no iní-
cio de agosto de 2016, o total produzido
no novo período deverá recuar outra vez
(18%) e poderá ficar em 725,5 mil tone-
ladas (708,5 mil toneladas do cinturão).
Assim, estoques do produto em 30 de ju-
nho de 2017 atingiriam o mais baixo nível
da história, próximo de zero, desafiando o
atendimento do mercado (97% externo).