N
adamelhor doqueogirassol para sim-
bolizar a força do agronegócio. Essa
planta originária da América do Nor-
te presta-se às mais diversas finalida-
des, e cada vez mais impõe sua im-
portância nomundo contemporâneocomo fontede
energia renovável. No paisagismo e na ornamenta-
ção, embeleza propriedades. Na alimentação, asse-
gura óleos apreciados na culinária de inúmeros paí-
ses. E no suprimento energético, tem sido referência
na produção de biodiesel. Por guiar-se pelo sol, com
sua flor orientando-se pelo percurso deste ao longo
dodia, exemplificaa importânciadeusar aomáximo
aenergiadanaturezapara crescer e se fortalecer.
E é o que faz o próprio Brasil, que apoia a sua
economia sobre a produção primária, nas mais di-
versas áreas, a fim de impulsionar o desenvolvi-
mento.Emmaisdeumaocasião,oPaísdeumostras
de sua versatilidade e competência como fornece-
dor de alimentos e matérias-primas para o mundo.
Mas em especial nestes primeiros anos do século
21, comos avanços apresentados pela pesquisa em
ambiente tropical, e com a abertura de novas fron-
teiras agrícolas, o Brasil deu salto quase inimaginá-
vel no panorama global há poucas décadas.
Hoje, os brasileiros são referência em produtivi-
dadeequalidadedeproduçãoemsetores tãovaria-
dos quanto fruticultura, pecuária de leite e de corte,
horticultura, grãos e fibras, silvicultura e floricul-
tura. E em cada uma delas os polos produtivos in-
corporam diferenciais que só aumentam a compe-
titividade internacional dos produtos primários e
industrializados. Justamente por isso, se esses dois
últimos anos têmsido de recessão, é claro que esse
quadromudará, emuito embreve.
A
Revista AgroBrasil – Balanço Brasileiro do
Agronegócio
,
edição 2016/2017
, traz um panora-
ma detalhado da realidade de produção e de mer-
cados em duas dezenas de cadeias produtivas de
forte perfil exportador. Em todas elas, fica a evidên-
cia de que a crise econômica, em parte decorrente
da instabilidade política nacional, de fato afetou o
desempenhodecadasegmento,inclusivecomaos-
cilação cambial no período. No entanto, a nova sa-
frade verão, jáemcurso, salientauma vezmais a in-
Osol vai
brilhar
operíododerecessÃOECONÔMICAEXIGIUMUITASUPERAçÃONOAGRONEGÓCIO,
MASOSETORDÁMOSTRASDESUAENERGIAEAJUDAOPAÍSADARAVOLTAPORCIMA
disfarçável capacidade de superação, de dar a volta
por cima. É como se o sol, do qual advéma energia
vital em todas as culturas agrícolas (como fonte de
luz e de calor), também transmitisse a sua energia
aos empreendedores rurais.
Ementrevistasenaopiniãodeliderançasdosdi-
versos setores, sobressai a convicção de que o País
não se dobra a adversidades. Pelo contrário: trans-
forma os percalços em ainda mais motivação e em
aprendizado para os passos seguintes. A exemplo
do que ocorre em todas as atividades econômicas,
altos e baixos fazemparte da rotina. É assimna pro-
duçãoagropecuária, ondeo imponderável doclima
por vezes leva a, em poucas semanas de estiagem
ou em enchente, tempestade de granizo ou venda-
val, perder uma safra. Se o homem do campo não
estivesse preparado para correr riscos, nemplanta-
ria ou começaria a investir na atividade. O que ele
persegue é ummínimo de resguardo e de seguran-
ça, para não sucumbir diante de contratempos.
E é como olhar atento aos reflexos da recessão,
mas já com a perspectiva de tempo mais estável no
horizonte de 2017, que se guia, emmeio aos traba-
lhos, o setor rural brasileiro. A continuidade do im-
pactopositivodoagronegócionabalançacomercial
dá mostras de que em nada o prestígio do campo
foi afetado. Aocontrário:maisdoquenuncaoPaís
carece da energia das atividades agropecuárias.
Cumpre, diante dessa realidade, que a socieda-
de brasileira urbana aprenda a valo-
rizar e apoiar seus heróis. Não fos-
semoempenhoeapersistênciados
agentes do agronegócio e, mais do
que faltar alimentos, matéria-prima
na indústria ou energia nas residên-
cias, o que faltaria seria dinheiro. As
divisas que o Brasil atrai e os inves-
tidores que chegam para estabele-
cer parcerias têm um motivo certo:
as imensas fronteiras agrícolas nas
diversas regiões brasileiras.
No meio rural, não apenas é
certo que o sol vai brilhar. É eviden-
te que o sol nunca deixoude brilhar.
Para o bemdoBrasil.
Boa leitura!
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