Revista AgroBrasil - 2016/2017 - page 13

mam motivar preocupações e temores,
diante dos riscos que acarretam para os
negócios. Os recursos econômicos, de in-
fraestrutura e humanos de que o País dis-
põe na atualidade permitem manter ou
ampliar a segurança em torno da norma-
lidade nos ambientes de produção? Como
o senhor vê essa área?
A segurança sanitária é fundamental
paraoPaís. E anossadefesa sanitária éuma
das melhores domundo. A carta de equiva-
lência que conseguimos do governo ameri-
cano em2016 é uma prova disso. Com rela-
ção à questão de recursos humanos, acho
que temos de desburocratizar mais o servi-
ço público e passar mais responsabilidade
parao setor produtivo. Naquestãodos rótu-
los, por exemplo, atéoPlanoAgro+, umpro-
duto, para ser lançado no mercado, tinha
de ter a aprovação do ministério, que di-
zia a forma como o rótulo tinha de ser feito.
Qualquer vírgula errada, o ministério apon-
tava o erro e o processo voltava. Isso demo-
ravameses. Agora não. O produtor entra no
site
,fazocadastro,mandaorótuloeeleserá
aprovado. Depois, iremos fiscalizar. Se ele
não estiver cumprindo como que diz no ró-
tulo, aí teráde responder por isso. Dessa for-
ma, cobraremosmais responsabilidade dos
produtores, e podemos ganhar emproduti-
vidade, semperder emqualidade.
O senhor tem defendido a necessida-
de de ampliar a carteira dos produtos do
agronegócio que o Brasil poderia (ou pode-
rá) exportar, bemcomode intensificaracor-
dos com países e blocos econômicos. O go-
verno como um todo demonstra sintonia
para adotar tais estratégias? Quais seriam
os produtos ou os mercados que talvez po-
deriamser contemplados commais rapidez
ou facilidade, emcurtoprazo?
Ogovernotemtrabalhadomaisemsinto-
nia.Temosumótimo relacionamentocomo
Itamaraty, coma Câmara de Comércio Exte-
rior (Camex) e com a Agência de Promoção
de Exportações e Investimentos (Apex-Bra-
sil). Tudo vem sendo feito de forma coorde-
nada, o discurso é omesmo. Inclusive entre
os países doMercosul.
E qual sua expectativa para 2017 em
relação a produção agrícola e estabele-
cimento de negócios e atração de investi-
mentos junto aparceiros internacionais?
As perspectivas são as melhores pos-
síveis. De acordo com projeções, tanto da
Companhia Nacional de Abastecimen-
to (Conab) quanto do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), teremos
uma safra recorde em 2017. A Conab, por
exemplo, estima que a safra 2016/17 será
de 215,3 milhões de toneladas, o que re-
presenta aumento de 15,3%, ou de 28,6
milhões de toneladas, em relação à safra
anterior, que foi de 186,7 milhões tonela-
das. A área total também tem previsão de
ampliação em 1,3%, ou 745,6 mil hectares,
quando comparada à safra anterior, po-
dendo chegar, no total, a 59,1 milhões de
hectares. Comrelação ao aumentonomer-
cadomundial, estamos abrindo espaço em
vários países, como já mencionei anterior-
mente. Agora mesmo conseguimos abrir o
mercado da África do Sul. A expectativa é a
melhor possível. Estou otimista.
Ametaé,
emcinco
anos,elevara
participaçãodo
Brasilnomercado
agrícolamundial
de6,9%para10%”
Inor Ag. Assmann
11
1...,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12 14,15,16,17,18,19,20,21,22,23,...108
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