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estavez,altascotaçõesealtosvo-
lumes vieram ao mesmo tem-
po no açúcar brasileiro, que lide-
ra a produção e a exportação no
mundo. O fato aconteceu na sa-
fra2016/17, apósumperíodode reduçãopro-
dutivaedéficitmundial,eveioadocicarasitu-
ação financeira no setor, que tem enfrentado
dificuldades. Porém, para a próxima tempo-
rada éprevistamais uma vez situaçãodepro-
duçãoacimadoconsumo,oquejácomeçoua
apresentarreflexosnomercadoem2017.
“Entre o final de outubro e o início de no-
vembrode2016,oIndicadorCepea/Esalq,no
Estado de São Paulo, superou os R$ 100,00
para a saca de 50 quilos, nível nominal que
nunca havia sido observado em toda a série
história deste produto”, observou o Centro
de Estudos Avançados em Economia Aplica-
da (Cepea), da Escola Superior de Agricultu-
raLuizdeQueiroz(Esalq),daUniversidadede
São Paulo (USP), em análise conjuntural do
ano.“Emtermosreais,deflacionadospeloÍn-
dice Geral de Preços-Disponibilidade Interna
(IGP-DI) de novembro 2016, os preços estive-
ram próximos dos de março de 2011, quan-
do amédia do indicador foi de R$ 100,60 por
saca”, complementouaavaliação.
O impulso, aindaconforme ratificouoCe-
pea, “veio do mercado internacional, que
subiu em grande parte do último ano, in-
fluenciado por expectativas indicando défi-
Bem
adocicado
Temporada 2016/17 do açúcar
apresentouasmaiselevadascotaçõeseregistrouosmaiores
patamaresdeproduçãonoBrasil,quelideranosetor
cit global de açúcar”. Com esta perspectiva,
também cresceu a produção brasileira, atin-
gindo avanço significativo sobre o ciclo ante-
rior, que registrara o segundo recuo seguido.
O índice de crescimento apurado pela Com-
panhia Nacional de Abastecimento (Conab)
é de 15,5%, e o da União da Indústria de Ca-
na-de-Açúcar(Unica),de14,5%.Ovolumeal-
cançou a faixa de 38,7milhões de toneladas,
só superado no período 2013/14, com mais
de38,8milhõesde toneladas.
Nestecontexto,aConab,nolevantamento
inicial da nova temporada, em abril de 2017,
verificava que “as unidades sucroalcooleiras,
emparticular as situadas emSão Paulo, lista-
das entre as maiores do setor, voltam de for-
ma gradativa a elevar seus investimentos em
projetos ligados a melhoria da produtivida-
de e maximização na produção de açúcar”. A
própria Unica, em sua estimativa inicial, nes-
te mês, confirmava “aumento na capacidade
instalada de cristalização no Centro-Sul”, mas
previa ligeira queda de 1,2%na fabricação na
região, em virtude da menor quantidade de
matéria-prima disponível. Para o País, a Co-
nabesperavamanterosvolumes.
No início da nova safra, a Unica verifi-
cava maior destinação de cana para açúcar
em relação ao ciclo anterior, mas não des-
cartava mudanças, dependendo do mer-
cado dos derivados. Os preços paulistas do
açúcar já vinham mostrando declínio no
ano, chegandoaR$61,18por saca, emjulho
de 2017, a menor média mensal desde ou-
tubro de 2015. Já na queda ocorrida em ju-
nho, FláviaMachado Starling Soares, da Co-
nab, apontava influência damaior oferta do
produto local na safra atual e da desvalori-
zação no mercado externo pela expectativa
de saframundial superávitária.
n
Inor Ag. Assmann
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movimento nos engenhos
Mill operations
Fabricação de açúcar no Brasil (emmilhões de toneladas)
Fonte:
Unica.
- * Abril de 2017.
Fonte:
Conab.
- * Abril de 2017.
Safra
2015/16
2016/17
2017/18*
Centro-Sul
30,88
35,58
35,46
Norte-Nordeste
2,61
3,11
3,24
Total
33,49
38,69
38,70
Centro-Sul
31,22
35,63
35,20
Norte-Nordeste
2,62
3,10
–
Total
33,84
38,73
–
