Anuário Brasileiro de Cana-de-açúcar 2017 - page 48

O
Brasilregistrousutilaumento
em volume e valor exporta-
dos de cachaça em 2016 em
relação ao ano anterior. Os
embarques de cachaça tota-
lizaramUS$ 13,93milhões e 8,25milhões de
litros no ano, com alta de 4,62% em valor e
7,87%emvolume, de acordo comdados do
Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) e do
sistema Agrostat, do Ministério da Agricul-
tura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No
entanto, a venda émuito inferior à de anos
anteriores. Em 2014 e 2013, as vendas ren-
deram US$ 18,33 milhões e US$ 16,59 mi-
lhões, respectivamente.
O desempenho foi apoiado pelo Proje-
to de Promoção às Exportações de Cacha-
ça, chamado de “Cachaça: Taste the new,
Taste Brasil”, desenvolvido emparceria pelo
Ibrac e pela Agência Brasileira de Promoção
de Exportações e Investimentos (Apex-Bra-
sil). Assinado em 2014, o projeto teve inves-
timentos demais de R$ 1,3milhão e contou
com a participção de mais de 50 empresas,
entre micro, pequenas e grandes. Esses re-
cursos foram investidos em ações de pro-
moção da cachaça nos Estados Unidos, na
Alemanha e no México.
Para o diretor executivo do Ibrac, Car-
los Lima, a parceria e o apoio da Apex-Bra-
sil têm sido fundamentais para o processo
de consolidação, promoção e reconheci-
mento da cachaça no mercado internacio-
nal. Conforme ele, as empresas participan-
tes doprojeto foramresponsáveis pormais
de 60% do valor total exportado de cacha-
ça em 2016. A entidade está em fase final
de elaboração de uma nova proposta de
projeto a ser apresentado para a agência.
O gerente de exportação da Apex-Bra-
sil, Christiano Braga, destaca que a cacha-
ça é umproduto destilado tipicamente bra-
sileiro e que tem tudo para alcançar
status
internacional. “A cachaça é, cada vez mais,
reconhecida no exterior. O objetivo da par-
ceria com o Ibrac é trabalhar para transfor-
mar este produto genuinamente nacional
em um ícone internacional. Quanto maior
a inserção das empresas nacionais no mer-
cado externo, melhor serão a reputação e o
reconhecimento do nosso produto”, afirma.
A cachaça brasileira seguiu para 54 pa-
íses em 2016. Os maiores importadores
da bebida foram Alemanha e Estados Uni-
dos, com a respectiva importação de U$
2,45 milhões e US$ 2,25 milhões. Na se-
quência, posicionaram-se Paraguai (US$
1,61 milhão), Uruguai (US$ 1,15 milhão),
França (US$ 1,094milhão) e Portugal (US$
1,045 milhão). Os estados brasileiros que
obtiveram os maiores valores foram São
Paulo (US$ 5,83 milhões) e Minas Gerais
(US$ 1,90 milhão).
n
Emtodasas
línguas
Cachaça brasileira conquista
novosmercados e cativaosclientes, marcandopresença
crescente e cada vezmais efetiva emdiversasnações
Sílvio Ávila
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