Anuário Brasileiro do Tabaco 2016 - page 53

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o ponto de vista institucional, para a cadeia do tabaco
o século 21 poderia ter começado em 2016. Foi a par-
tir de junho desse ano que o setor conseguiu, pela pri-
meira vez emmais de uma década, abrir largos canais
de diálogo com o governo federal e mostrar que a ati-
vidade é uma dasmolas-mestras do desenvolvimento social e eco-
nômico do Sul do Brasil, com reflexos em todas as regiões do País.
Talvez o maior exemplo desta mudança de cenário seja a reu-
nião ocorrida no dia 18 de outubro, em pleno Palácio do Planalto,
em Brasília. No prédio, epicentro do poder político brasileiro, uma
comitiva de representantes de todas as etapas da cadeia do tabaco
foi recebida pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o se-
gundo homemna hierarquia do governo federal brasileiro.
Profundamente interessado no tema, ele fez questionamen-
tos, ouviu relatos e buscou detalhes a respeito da cultura do ta-
baco no Brasil. O encontro teve significado especial, pois aconte-
ceu às vésperas da definição do posicionamento do Brasil para a
Depoisdesofrer
indiferençado
governofederal
porváriosanos,
setorconsegue
retomarconversas
cominstâncias
oficiais,oque
animaacadeia
7ª Conferência das Partes (COP7) da Convenção-
-Quadro para Controle do Tabaco, realizada em
Nova Déli, na Índia, em novembro.
Padilha deixou claro que é favorável à pre-
servação do cultivo do tabaco no Brasil. A pala-
vra dele pode não representar a versão oficial e
definitiva do governo brasileiro, mas é de enor-
me impacto e influência. Junto com o ministro
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blai-
ro Maggi, uma figura de peso dentro do comple-
xo tabuleiro do poder em Brasília, Padilha forma
uma dupla capaz de fazer com que a cadeia do
tabaco seja vista de maneira realista dentro dos
bastidores do poder na capital do País.
A arrecadação bilionária derivada da cadeia
do tabaco também é levada em consideração
num momento em que as contas públicas de to-
das as esferas do poder estão emestado calamito-
so. “Caso avancemas restrições contra o tabaco, o
Brasil perde duas vezes. Perde tanto na receita da
exportação quanto no incremento da venda de ci-
garros ilegais”, sentenciou Eliseu Padilha ao encer-
rar a reunião e reforçar seu apoio ao setor.
n
n
Oministro da Agricultura BlairoMaggi, na outra página, e oministro chefe
da Casa Civil, Eliseu Padilha, acima, procuraramse informar sobre o tabaco
diálogo
Enfim, o
RomérioCunha/CasaCivil
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