No primeiro semestre de 2016, a po-
tência outorgada pela Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) indica que 8,83%
da matriz elétrica do País advém deste mo-
delo de geração. Em primeiro lugar vem
a matriz hidráulica, seguida dos combustí-
veis fósseis, e em terceiro lugar está a ener-
gia gerada por biomassa. O volume repre-
senta 14.019.781 KW, e é maior do que a
produção da Usina de Itaipu.
O bagaço da cana-de-açúcar represen-
ta 78,2%, com 11.008.691 KW. É seguido
por produtos florestais, resíduos animais,
agroindustriais, sólidos urbanos e biocom-
bustíveis líquidos. Para o gerente em Bioe-
letricidade da Unica, Zilmar Souza, apesar
deste bom desempenho da biomassa, a con-
tinuidade da expansão é uma incógnita. Essa
fonte já representou 32% da evolução da ca-
pacidade instalada no Brasil, mas terminará
2016 com 7%. “O índice deve cair para ape-
nas 2% em 2020 se não houver mudanças
no modelo dos leilões e incentivo ao uso da
biomassa”, alerta o executivo.
Isso porque há o esforço do governo
federal em promover a diversificação da
matriz elétrica, com diretrizes centradas
em estimular as fontes eólica e solar, junto
a mini e micro geração distribuídas. Esse
direcionamento, porém, gera desestímulo
a um investimento mais vigoroso na gera-
ção de bioenergia. “Falta uma política seto-
rial que encorajare a melhora no ambiente
Podia ser muito mais
Setor de agroenergia vemperdendo fôlego semo suporte das aquisições,
mas ainda assim representa mais do que uma Itaipu no sistema nacional
Sílvio Ávila
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