panorama
P a n o r a m a
Energia
para crescer
Fruticultura conta comumplanopara aumentar
a produção atual de quase 44milhões de toneladas,
alémde estimularo consumo e a exportação
Produzir, consumir e exportar mais fru-
tas
in natura
são as metas do setor frutícola
do Brasil. Esses objetivos constamno Plano
Nacional do Desenvolvimento da Fruticul-
tura (PNDF), lançadopeloMinistériodaAgri-
cultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
em fevereiro de 2018. Na ocasião, o minis-
tro Blairo Maggi assinou portaria criando
o Comitê Consultivo para a formulação de
projetos para o setor, que será coordena-
do peloMapa e composto por quatromem-
bros da iniciativa privada. “O plano é exten-
so, abrangendo desde novas regras para o
licenciamento de uso de produtos agroquí-
micos até a padronização internacional dos
certificados fitossanitários”, destacou.
Os projetos específicos do Comitê Con-
sultivo, recomendando ações de curto, mé-
dio e longo prazos para adoções de provi-
dências por instituições governamentais e
pelo setor privado serão definidos a partir
de 10 áreas temáticas: governança da ca-
deia, pesquisa, desenvolvimento e inova-
ção, sistemas de produção, defesa vegetal,
gestão de qualidade, crédito e sistemas de
mitigação de riscos, legislação, infraestru-
tura e logística, processamento e industria-
lização, emarketing e comercialização.
Estima-se que a produção brasileira
de frutas tenha alcançado 43,5 milhões
de toneladas de frutas em 2017 e 44,8 mi-
lhões de toneladas em 2016, segundo a
Confederação da Agricultura e Pecuária
do Brasil (CNA) e a Associação Brasileira
dos Exportadores Produtores de Frutas e
Derivados (Abrafrutas). As duas entidades
participaram da elaboração do plano em
2017 e integram o Comitê Consultivo. “A
expectativa é de que o volume produzido
possa crescer 20% até 2023”, projeta Edu-
ardo Brandão, assessor técnico da Comis-
são Nacional de Fruticultura da CNA.
O Brasil é o terceiro maior produtor
mundial de frutas e o 23º maior exporta-
dor. A intenção das entidades represen-
tativas do setor é ampliar as exportações
para US$ 1 bilhão já em 2018 ou, no máxi-
mo, até o final de 2019. Sem considerar no-
Sílvio Ávila
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