Anuário Brasileiro da Fruticultura 2018 - page 29

O setor fruticultor do Brasil exportou
mais frutas frescas e derivados em 2017,
mas planeja alcançar resultados ainda
maiores nos próximos anos. Os envios to-
tais chegaram a US$ 946,792 milhões e
878,400 mil toneladas, com altas de 11,2%
e 7,83%, de acordo com dados do sistema
Agrostat, do Ministério da Agricultura, Pe-
cuária e Abastecimento (Mapa). Excluindo
nozes e castanhas, o embarque de 23 fru-
tas e outros três itens totalizouUS$ 812,846
milhões e 861,501 mil toneladas, com os
respectivos acréscimos de US$ 110,458mi-
lhões e 71,611 mil toneladas, em relação
ao registrado em2016.
O aumento das exportações, além de
ter atendido às expectativas do setor, tam-
bém confirmou os esforços de toda a ca-
deiaprodutivapara tornar oBrasil protago-
nista no comércio internacional de frutas,
avalia Eduardo Brandão, assessor técnico
da Comissão Nacional de Fruticultura da
Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA). “O objetivo dos fruticultores
é exportar US$ 1 bilhão em frutas frescas
e derivados semiprocessados e processa-
dos, semnozes e castanhas, até 2020”, des-
taca. A meta é levada em conta desde que
não surjamnomundo novas barreiras para
o crescimento das exportações.
Considera-se que o Brasil ainda exporta
pouco em comparação com outras cadeias
produtivas de alimentos, como carnes, suco
de laranja, açúcar e café, apesar de ser o
terceiro maior produtor mundial de frutas,
atrás apenas da China e da Índia. Brandão
lembra que o apoio dado pela CNA à fruti-
cultura nacional resultou na criação da As-
sociação Brasileira dos Produtores Exporta-
dores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) em
2014. A entidade tem como um dos princi-
pais objetivos aumentar a participação das
frutas brasileiras nomercado internacional.
Conforme Brandão, a exportação de
frutas brasileiras é favorecida pela diversi-
dade, pela qualidade e pela disponibilida-
de o ano todo. “Os primeiros itens da lis-
ta de exportação nos conferem vantagem
competitiva, principalmente nos quesi-
tos variedade e oferta o ano todo, possí-
veis devido às nossas condições edafocli-
máticas para a produção”, ressalta. Além
disso, a visão estratégica do setor evoluiu
muito como apoio da Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos
(Apex-Brasil), por meio de projeto setorial
entre a Abrafrutas e a agência.
Também contribuíram as ações de pro-
moções da Abrafrutas em feiras, rodadas de
negócio e outras iniciativas buscando au-
mentar as vendas nosmercados existentes e
a abertura de novos mercados, com o apoio
doMapa e da CNA. “O primeiro contato para
abertura de um novo mercado dá-se de go-
vernopara governo, equestões políticas e fi-
tossanitárias são desafios que precisam ser
vencidos para efetivar a comercialização de
frutas frescas entre os países”, relata.
l
CONHECENDO O CLIENTE
Para atingir ametadeU$$ 1bilhãode exportações de frutas vai ser necessária ame-
lhoria contínua em todos os processos, desde a pesquisa, passando por produção, lo-
gística e distribuição, aponta Eduardo Brandão, assessor técnico da ComissãoNacional
de Fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Ainda des-
taca a importância de compreender as tendências do consumo nos vários mercados.
A conquista de parte significativa do mercado asiático, a curto prazo, deve passar pelo
aprendizadono
e-commerce
, comumnaquele territórioatépara frutas ederivados, vide
o desempenho do Peru e do Chile na China. “A médio e longo prazos, para a curva de
crescimentocontinuarascendente,éfundamentaloapoionosprocessosdeaberturade
mercadospor partedogoverno federal edeentidades representativasdosetor, aexem-
plodaCNA, que jávemfazendo trabalhomuitosólidoneste sentido”, frisa.
Variedade e
oferta o ano
todo favorecem
o embarque
de frutas
brasileiras
panorama
P a n o r a m a
Sílvio Ávila
27
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