Anuário Brasileiro de Hortaliças 2016 - page 17

Ventos do
Sudeste
Estados do Sudeste seguem na ponta da produção de hortaliças, junto
com o Sul, mas áreas centrais e nordestinas já aparecem em destaque
O mapa da olericultura do Brasil ain-
da mostra concentração produtiva perto
dos grandes centros consumidores, no
Sudeste. Nesta região, São Paulo figura
há anos como principal produtor e Minas
Gerais desponta ao seu lado em recente
levantamento sobre as culturas mais re-
presentativas. Mas, além destes, e ainda
dos tradicionais estados sulistas, a rela-
ção dos maiores produtores ressalta Goi-
ás, do Centro-Oeste, além da nordestina
Bahia, com representativos números en-
tre os produtos mais importantes.
O Instituto de Economia Agrícola
(IEA), de São Paulo, divulgou em 2013
esse Estado como o maior produtor e con-
sumidor de hortaliças do País, com pro-
dução de 4,1 milhões de toneladas em 53
espécies no ano de 2011. Números levan-
tados pela Embrapa Hortaliças, em 2016,
com base nos principais produtos do se-
tor levantados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa
Agrícola Municipal (PAM) de 2014, revela
Minas Gerais no mesmo patamar.
Os dois estados têm resultados seme-
lhantes no total da produção de sete cul-
turas naquele ano. Minas Gerais é o prin-
cipal produtor de batata inglesa, com 1,2
milhão de toneladas, e o terceiro maior
em tomate, onde São Paulo se destaca
(como maior no tipo envarado, de mesa),
e fica em terceiro na batata. Mas naquele
produto Goiás é o líder, com 1,05 milhão
de toneladas (basicamente, o rasteiro, ou
industrial), que passou a se inserir no Es-
tado a partir da década de 1990, além de
produzir bem melancia e batatinha.
Nas culturas de maior expressão (sem
mencionar a mandioca), Paraná e Rio Gran-
de do Sul, na região Sul, ainda se destacam,
com ênfase para o tubérculo, onde os para-
naenses ocupam o terceiro lugar, enquan-
to os gaúchos lideram na melancia. Ambos,
junto com a cebola, fazem o Estado nordes-
tino da Bahia aparecer entre os destaques de
produção, enquanto Santa Catarina despon-
ta no bulbo. Por fim, é o melão que coloca
Ceará e Rio Grande do Norte entre os prin-
cipais estados na olericultura.
O tradicional maior produtor, São Pau-
lo, sentiu efeitos de crise hídrica em anos
recentes, em especial no tomate e na ce-
bola, lembra Waldemar Pires de Camargo
Filho, do IEA. Mas pesquisas do instituto,
do final de 2015, observavam novos cres-
cimentos de produção. Enquanto isso, nos
cálculos de valores obtidos no ano, com
menor oferta, houve variações expressivas.
No total, em dados preliminares, o desta-
que ficou com o tomate de mesa e a batata,
com números próximos de R$ 1,1 bilhão
cada, enquanto 14 produtos olerícolas ga-
rantiram R$ 3,9 bilhões (6,3% do global) e
a maior elevação entre os grupos de cultu-
ras pesquisados no Estado.
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