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vas fronteiras de produção. Em especial no
Sudeste e no Sul, onde estão concentradas
asmaiores plantações das hortaliças que se
destacam em área de cultivo e em consu-
mo, as intempéries comprometeram a re-
gularidade das colheitas. Com isso, os con-
sumidores viram-se diante de oscilações
constantes na oferta e inclusive nos preços,
obrigando a usar da criatividade para, oca-
sionalmente, optar por outras espécies.
Mas dificilmente uma dona de casa dei-
xará de adquirir e de preparar hortaliças,
fazendo, quando muito, um exercício de
adequação momentânea do orçamento
em cada ida às feiras ou aos mercados. Afi-
nal de contas, não há restaurante que não
adote ou família que não aprecie, emtodas
as idades, as folhosas, em saladas; os to-
mates, a batatinha e a batata-doce, a man-
dioca (ou aipim, ou macaxeira), bem como
a cebola e o alho, temperos semos quais a
maioria dos pratos seria impensável. Esta e
uma gama de outras espécies são contem-
pladas nesta edição do
Anuário Brasilei-
ro de Hortaliças
, com o panorama atuali-
zado de produção e de mercados, a partir
da opinião e das informações de entidades
e de lideranças representativas.
Em paralelo, a publicação busca di-
mensionar as perspectivas do comércio
interno e também das negociações com o
exterior ao longo de 2017. Se há um clima
persistente de crise política e econômica
em realidade de Brasil nos últimos anos, a
verdade é que o campo, semana após se-
mana, mês a mês, programa e reprograma
as suas ações, pois a semeadura precisa
ocorrer para que, logo adiante, haja o que
colher e fornecer à população. Não há cri-
se ou recessão que interfera na necessida-
de de colocar alimento na mesa da popu-
lação e, por isso, os produtores rurais e os
empresários analisamcustos eprojetamas
contas a fimde seguir produzindo.
Em meados do ano, com o inverno se
acentuando no Sul do País, o olhar dos in-
vestidores e dos empresários permane-
cia fixo no segundo semestre. A chegada
da primavera é a hora de semear a maioria
das espécies de verão, e isso sinaliza para
a maior ou menor disponibilidade de pro-
dutos nos mercados, e para a maior tran-
quilidade dos consumidores. E a confian-
ça é plena. Se há atividade que é “de raiz”
no Brasil, é a produção de hortaliças, que
impulsiona o progresso e faz muito bem à
saúde.
Boa leitura!