A
utilização de plantas, ani-
mais emicrorganismos gene-
ticamente modificados para
produção de medicamentos
faz parte de uma platafor-
ma tecnológica com a qual o pesquisador
Elibio Rech, da Embrapa Recursos Gené-
ticos, de Brasília (DF), vem trabalhando
desde a década de 1990. “As biofábricas
ou fábricas biológicas são capazes de ex-
pressar moléculas de alto valor agrega-
do com custos baixos e, por isso, são op-
Mecanismospossibilitadospelo
avançodaciênciapodemlevaro
agronegóciobrasileiroaagregar
muitomaisvalordoqueseimagina
camundial alcança cerca de US$ 10 bilhões
por ano. Em torno de 10%do total é gerado
por produtos biotecnológicos.
Existem evidências de que a utilização
de biofábricas pode reduzir os custos de
produção de proteínas recombinantes em
até 50 vezes. Também por isso, o pesqui-
sador da Embrapa afirma que as plantas
produzem proteínas geneticamente modi-
ficadas, idênticas às originais, com pouco
investimento de capital, resultando empro-
dutos seguros ao consumidor. Além disso,
representam um meio mais barato para a
produção de medicamentos em larga esca-
la, pois, como não estão sujeitas à contami-
nação, evitamgastos compurificação de or-
ganismos que sãopotenciais causadores de
doençasemhumanos. Semfalar na facilida-
de de estocageme transporte.
n
ções viáveis para a produção de insumos,
como medicamentos e fibras de interesse
da indústria, entre outros”, afirma.
E também existe a vantagem de estes
mecanismos valorizaremaindamaisoagro-
negócio brasileiro, uma vez que permitem
a agregação de valor a produtos agropecu-
ários, como plantas, animais e microrganis-
mos. Por isso, Rech acredita que o cenário
no Brasil dentro de 10 anos será totalmente
influenciadopelabiogenética. Ofaturamen-
toda biotecnologia na indústria farmacêuti-
Futuro
biogenético
Fábricasbiológicasde fármacosemgrãoseanimais sãoumatendência
Inor Ag. Assmann
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