Anuário Brasileiro do Gado de Corte 2016 - page 30

Abriu a porteira
Desbloqueio do mercado junto a velhos e novos clientes no mundo foi
notícia muito comemorada pelos pecuaristas brasileiros, que fazem planos
As notícias de desbloqueio para novos
– e velhos – mercados internacionais fo-
ram mais comemoradas pela cadeia pro-
dutiva da carne brasileira do que os resul-
tados práticos obtidos ao longo de 2015.
As vendas para o mercado global recuaram
10,9% em volume, de 1,56 milhão de tone-
ladas para 1,39 milhão de toneladas, e 18%
em receita, de US$ 7,2 bilhões para US$
5,9 bilhões, frente a 2014, considerando o
ano civil, de janeiro a dezembro.
A Associação Brasileira das Indústrias Ex-
portadoras de Carne (Abiec) considera que
a retração nos embarques e no faturamen-
to está associada a problemas conjunturais,
que afetaram a performance de alguns gran-
des clientes do Brasil, casos da Rússia, de
Hong Kong e da Venezuela. Apesar disso,
no acumulado do ano, Hong Kong, União
Europeia e Egito lideraram a lista dos países
que mais compraram o produto nacional.
Destacam-se também nações que apre-
sentaram crescimento tanto em faturamen-
to quanto em volume na importação de
carne brasileira em 2015, como Egito, Irã,
Estados Unidos e Israel. A carne in natura
fechou o ano como a categoria mais nego-
ciada, faturando US$ 4,6 bilhões com a ex-
portação de 1 milhão de toneladas (de ja-
neiro a dezembro de 2015).
Antonônio Jorge Camardelli, presidente
da Abiec, considera que 2015 foi encerrado
com avanços sobre algumas ações estratégi-
cas do setor, como a conquista da volta dos
embarques para a China e a Final Rule para
os Estados Unidos. Também foram reaber-
tos mercados, com a suspensão dos embar-
gos para a carne brasileira na Arábia Saudi-
ta, no Iraque, na África do Sul e no Japão,
cujas restrições eram mantidas pelo caso
atípico de Encefalopatia spongiforme bovi-
na (a chamada BSE), em 2012.
Além da possibilidade de exportar 50
mil toneladas aos sauditas, outras nações,
como Qatar, Bahrein e Kuwait, podem reto-
mar as importações da carne brasileira, pois
seguem os mesmos requisitos. Conforme a
Abiec, as previsões são mais otimistas para o
próximo ano, por conta da abertura destes
mercados. Além disso, a entidade mantém
a estratégia de buscar novos rumos para a
carne bovina brasileira, casos do México e
de países da Ásia, como Taiwan, Indonésia e
Tailândia. Além disso, pretende avançar nas
negociações visando a exportação de carne
in natura para o Japão e de miúdos e carne
com osso para a China.
As exportações de
carne bovina totalizaram
US$
5,9
bilhões em
2015
Inor Ag. Assmann
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