Anuário Brasileiro do Gado de Corte 2016 - page 27

Margem bem estreita
Muitos frigoríficos têm encontrado dificuldade para comprar animais e alongar as escalas,
que atendem entre três e quatro dias, segundo o pesquisador Guilherme Cunha Malafaia,
da Embrapa Gado de Corte, de Campo Grande (MS). A ocorrência de quedas pontuais
dos preços da carne com osso no atacado, devido ao baixo escoamento da produção, tem
deixado as margens de comercialização das indústrias estreitas. “Este pode ser fator limitante
para altas nos preços da arroba do boi gordo a curto prazo”, observa. “Parte dos frigoríficos
opta por diminuir o volume de abates, a fim de manter suas escalas mais alongadas. Percebe-
se um consumo fraco na ponta final da cadeia produtiva, ou seja, no consumidor.”
Conforme Malafaia, esse fraco consumo é repassado para os supermercados ou
açougues, que vão demandar menos para o frigorífico, e, consequentemente,
ao produtor. Além disso, a restrição no mercado de bovinos para o abate
deixa a situação do frigorífico complicada, pois não possui maior demanda
no varejo e, ao mesmo tempo, não possui maior oferta de animais. Embora
represente cerca de 20% da produção brasileira, se estiver aquecido, o mercado
externo pode ajudar a manter a rentabilidade do pecuarista e
melhores margens para a indústria.
Robispierre Giuliani
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Alta do
bezerro afeta
confinamentos,
em cenário que
vem desde
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