Inor Ag. Assmann
S
ão inegáveis as dificuldades dos
produtores de milho do Bra-
sil em obter preços que cubram
os custos da lavoura no ciclo
2016/17 e fazer com que ainda
sobre renda, quadro que se agrava com a
entrada nomercado da segunda emais im-
portante safra anual, a partir de junho. As
cotações, que vinham fracas, caíram mais,
pelagrandedimensãodacolheita, pelacon-
centração da oferta, por dificuldades de lo-
gística e pelo déficit da estrutura de arma-
zenagem. O cenário enfraquecido da soja
no ano ajudou a represar as vendas e a ole-
aginosa nos armazéns, o que gerou gargalo
ainda maior nos silos e fez com que alguns
produtores demilho do Centro-Oeste preci-
sassemdeixar oproduto nos pátios das em-
presas à espera de comercialização.
Se a remuneração não é das melhores
em 2017, Alysson Paolinelli, presidente da
Associação Brasileira dos Produtores de Mi-
lho (Abramilho), assegura que numa pers-
pectiva mais ampla este cenário deve me-
lhorar de forma global. Para ele, o País está
cumprindo o dever de atender à demanda
mundial, que não para de crescer. “Não po-
Muito além do momento,
PRESIDENTEDaAbramilho,AlyssonPaolinelli,dizqueoPaísnão
podefrustraraexpectativadeserfiadordasegurançaalimentar
Firmee
forte
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Conforme Paolinelli, omundo precisadomilho brasileiro hoje e no futuro