MOVIMENTOS REGIONAIS
Em
2015, segundo os últimos dados oficiais do
IBGE, o Sul do Brasil, com 35,2% do total,
manteve a primeira posição no
ranking
das
grandes regiões produtoras de leite, con-
quistado em 2014, quando ultrapassou o
Sudeste. Mas este permanece com gran-
de folga na liderança estadual, pormeio de
Minas Gerais. Dois estados sulistas, por sua
vez, trocaram de lugar na segunda coloca-
ção nesse ano, embora ainda bem próxi-
mos: o Paraná registrou produção superior
à do Rio Grande do Sul, ainda que este fi-
gure como líder geral na produtividade, se-
guido pelos produtores paranaenses e ca-
tarinenses, ainda no Sul.
No ano, de acordo com o IBGE, todas as
regiões apresentaram redução do rebanho
leiteiro nacional, que diminuiu de 23 mi-
lhões para 21,7 milhões de vacas ordenha-
das (menos 5,5%), o que também foi veri-
ficado nos maiores estados produtores. O
Paraná, contudo, ainda obteve crescimento
produtivo de 2,6% em 2015, em compara-
ção ao ano anterior, omaior índice entre os
seis principais estados, enquanto mineiros,
gaúchos egoianos tiveramquedanaprodu-
ção, com problemas climáticos e outros. O
maiormunicípioprodutorpermaneceusen-
do o paranaense Castro, com o vizinho Ca-
rambeí na terceira posição e Patos de Minas
(MG) na segunda, enquanto Araras (SP) re-
gistrou amaior produtividade.
D
epois de um tempo emque su-
biu com força e chegou à fer-
vura, a produção nacional de
leite entrou em período de es-
tabilização numa faixa alcan-
çada em 2014, ao redor de 35 bilhões de
litros. Em2015, o Instituto Brasileiro de Ge-
ografia e Estatística (IBGE) já detectou leve
recuo, o que deve ser confirmado também
para 2016, de acordo com estimativas fei-
tas por organismos ligados ao governo, en-
quanto para 2017 há perspectivas de re-
cuperar e, dessa forma, manter o patamar
atingido há três anos.
Entre 2006 e 2015, conforme referên-
cia feita pela Embrapa Gado de Leite, ocor-
reu crescimento na ordem de 3,6% ao ano.
Entre 2011 e 2015, a Companhia Nacional
de Abastecimento (Conab) cita taxa média
anual de evolução de 2,2%. Para 2016, esta
organização apresentava em julho de 2017
estimativa de redução em 1%, enquanto a
Embrapa indicava possibilidade de retra-
çãodeaté3%a4%, nosmesmos níveis veri-
Emfogo
Produção brasileirade
leite registroudeclínio
em2015 e 2016, mas
a expectativa para
o período atual é de
recuperação, com
ambiente favorável
Sílvio Ávila
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