A
oferta recorde de soja, de qua-
se 114 milhões de toneladas,
vai impulsionar tambéma pro-
dução de farelo. O estimado é
produzir 31,5 milhões de tone-
ladas em2017. Esse volume é 4,2%superior
em relação às 30,229 milhões de toneladas
registradas em 2016, de acordo com dados
da Associação Brasileira das Indústrias de
Óleos Vegetais (Abiove).
A produção somava 14,493 milhões de
toneladas entre janeiro e julho de 2017. O
setor também previa produção de 32,7 mi-
lhões de toneladas de farelopara 2018, ape-
sar de a projeção inicial indicar safra menor
de sojanestemesmoano. Atéomomento, o
maior volume, de 30,765milhões de tonela-
das, havia sido produzido em2015.
Os mercados interno e externo deman-
dam volumes semelhantes de farelo. Em
setembro de 2017, a Abiove estimava que
o consumo interno seria de 16 milhões de
toneladas até o final do ano, significando
1%de incremento em relação às 15,837mi-
lhões de toneladas consolidadas no ano an-
terior. Nos sete primeiros meses de 2017 já
haviam sido demandadas 7,109 milhões de
toneladas. A soja é uma das principais ma-
alimentar
Cadeia
Maiorprocessamentodesojaelevará
aproduçãodefarelopara31,5milhões
detoneladasem2017,resultado4,2%
superioraovolumeanterior
de US$ 330,00 por tonelada de farelo, US$
30,00 amenos do que o praticado em2016.
O Brasil exportou farelo para 65 países
em 2016. Com a importação de 2,817 mi-
lhões de toneladas, o equivalente a US$
1,083 bilhão, a Holanda (Países Baixos)
continua sendo o principal cliente. A se-
gunda maior exportação foi para a França,
com envio de 1,801 milhão de toneladas,
e US$ 614,459 milhões. Volume um pouco
superior, ou perto de 1,5 milhão de tonela-
das, foi embarcado para Tailândia, Coreia
do Sul e Indonésia.
“Melhorar a presença de produtos com
maior valor agregado na cadeia de soja (fa-
relo e óleo), em mercados como a China e
outros países da Ásia, é a meta da Abiove”,
destaca Fabio Trigueirinho, secretário-exe-
cutivo da entidade. Uma das prioridades do
setor é acessar a China, que produz todo o
farelo demandado internamente. A libera-
ção de cota de 5 milhões de toneladas de
farelo para o país asiático estava sendo ne-
gociada pelo governo federal e pelas auto-
ridades chinesas. Omaior consumo de fare-
lo de mundo, de 66,6 milhões de toneladas
por ano, ocorre nesse país.
n
térias-primas da indústria de ração animal.
Um resultado mais positivo é espera-
do para as exportações de farelo de soja
em 2017. A expectativa da Abiove é fina-
lizar o ano com o embarque de 15,7 mi-
lhões de toneladas, superando em 10,3%
as 14,238 milhões de toneladas do ano
anterior. Da janeiro a agosto de 2017, o en-
vio de farelo somava 9,992 milhões de to-
neladas, de acordo com o sistema Agros-
tat, do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa).
No entanto, segundo a Abiove, com os
preços em queda no mercado internacio-
nal, a receita das exportações de farelo ten-
de a ser menor do que o faturado em2016.
O valor embarcado está estimado em US$
5,181 bilhões em 2017, resultado menor do
queosUS$ 5,193bilhões obtidos noanoan-
terior. A previsão é de receber preço médio
Metadosetoréembarcar15,7milhõesdetoneladasde farelo, comaltade10,3%
OSDONOSDOS EMBARQUES
Maior produtor de soja do País, o Estado doMatoGrosso é o principal exportador
de farelo, como embarque de 4,891milhões de toneladas eUS$ 1,886 bilhão em
2016. Foi seguido pelo Paraná, comenvio de 3,369milhões de toneladas, eUS$
1,163 bilhão. As posições seguintes foramocupadas por RioGrande do Sul (2,511
milhões de toneladas eUS$ 886,185milhões) e Goiás (1,531milhão de toneladas
eUS$ 556,617milhões), alémde outros oito estados.
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