O
mercado interno absorve
grande parte do óleo de soja
produzido no País. A expec-
tativa é de que a produção
seja alavancada pela maior
oferta do grão e pela demanda de biodie-
sel. A Associação Brasileira das Indústrias
de Óleos Vegetais (Abiove) previa volumes
recordes do derivado para 2017 e 2018. A
oferta está estimada em 8,2 milhões de to-
neladas, 2,3% a mais do que as 7,885 mi-
lhões de toneladas elaboradas em 2016.
Um volume de 8,5 milhões de toneladas é
projetado para 2018, o equivalente a 3,7%
de acréscimo. Os resultados previstos su-
peram o último recorde, de 8,074 milhões
de toneladas, obtido em2015.
Um total de 3,832 milhões de tonela-
das havia sido produzido de janeiro a agos-
to de 2017. A Abiove prevê consumo inter-
no de 7 milhões de toneladas de óleo em
2017, com alta de 6,4%. Desse total, 3,106
milhões de toneladas já foramconsumidas
nos oito primeiros meses de 2017. Consi-
derando o primeiro semestre de 2017, a
aquecido
Bem
Produçãodeóleodesojaestáestimada
em8,2milhõesdetoneladas,volume
4%superioràs7,885milhõesde
toneladasconsolidadasem2016
800,780 milhões de janeiro a agosto de
2017, conforme o sistema Agrostat, do Mi-
nistério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
cimento (Mapa). O volume previsto para
2017 representa 3,4% a mais do que o em-
barque de 1,254 milhão de toneladas do
ano anterior. Nos últimos anos, a expor-
tação de óleo de soja brasileiro regrediu
15,6%emvolume de 2010 a 2016.
O óleo de soja do Brasil seguiu para 54
países em 2016. Os principais clientes do
produto foram a Índia e a China, com as
respectivas quantias de 544,450mil tone-
ladas e de 247,377 mil toneladas. Na se-
quência vêm Argélia (127,544 mil tonela-
das), Bangladesh (74,642 mil toneladas)
e Irã (51 mil toneladas). A intenção da
Abiove é continuar aumentando as expor-
tações do complexo soja para os países
asiáticos. Coreia do Sul, Mianmar, Malásia,
Tailândia e Vietnã estão no foco dos expor-
tadores brasileiros. No entanto, o acesso a
esses países é barrado pelas tarifas aplica-
das à soja beneficiada.
n
maiormédiamensal, deR$ 2.937,50por to-
nelada de óleo, foi atingida em janeiro, de
acordo com dados da Abiove. As compras
internas para produção de biodiesel esta-
vam mais competitivas, de acordo com a
análise do Centro de Estudos Avançados
em Economia Aplicada (Cepea), da Esco-
la Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
(Esalq), vinculada à Universidade de São
Paulo (USP). No entanto, médias superio-
res, de até R$ 3.266 (em novembro), foram
obtidas de agosto a dezembro de 2016.
Em 2017, a exportação de óleo de soja
poderá chegar a 1,3 milhão de toneladas,
e US$ 962 milhões, de acordo com as pro-
jeções da Abiove. Os embarques já tota-
lizavam 1,053 milhão de toneladas e US$
Consumo interno de óleo deve crescer 6,4%, favorecido pelo biodiesel
PRINCIPAIS EXPORTADORES
Estados do Sul do Brasil respondempelamaior parte de óleo exportado pelo País.
O Paraná participou com537,787mil toneladas e US$ 385,416milhões em2016.
É seguido pelos embarques de 285,771mil toneladas e US$ 198,051milhões do
Rio Grande do Sul. OMato Gosso obteve o terceiromaior resultado, de 195,156mil
toneladas e US$ 144,393milhões. O total enviado para omercado internacional
contou coma participação de 15 estados em2016.
61