Anuário Brasileiro do Tabaco 2017 - page 16

A colheita da safra 2017/18 do Sul doBrasil, emandamento na reta final de 2017,
deverá ser menor do que as expectativas iniciais divulgadas pelo setor, por causa
da interferência do clima, principalmente. A região representa 97% de todo o taba-
co produzido no País e mais de 98%das exportações nacionais das folhas em volu-
me. Os números iniciais da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) projeta-
vam redução de 0,4%emárea, para 297.460 hectares, e de 2,6%emprodutividade,
para 2.303 quilos por hectare. A produção, portanto, cairia 3%, para 685 mil tonela-
das, emnúmeros arredondados.
Mas episódios climáticos, que geraram prejuízos pontuais, e algumas regiões re-
portandomenorprodutividadedevemalteraraprojeçãoatéofinaldoano.Eparabai-
xo. “Estamos fazendo as avaliações necessárias e computando as últimas inscrições
damutualidadeparatermosumnúmeromaispróximodarealidade,masototalpode
ser um pouquinho mais modesto do que esperado inicialmente”, reconhece Benício
AlbanoWerner, presidente da Afubra. Emseu entender, a expectativa é de que o ajus-
tedaofertaedademandasereflitanospreçosqueserãonegociadosnoiníciode2018.
Conforme ele, o clima na temporada que está sendo colhida não se compor-
tou tão bem quanto no período 2016/17. “Naquele ano, vínhamos de frustração
certa
Depois da grande colheita no período 2016/17,
e da redução no ciclo anterior, a cadeia produtiva
do tabaco ajustará a oferta na safra 2017/18
Namedida
de safra muito grande por causa do
El Niño
e de
um recorde em prejuízos por granizos e tempo-
rais que levou a Afubra a pagar quase R$ 122mi-
lhões em seguros”, lembra o dirigente.
Considerando três tipos de tabaco (Virgínia,
Burley e Comum), a produtividade cresceu 22%,
para 2.365 quilos. Claro, em parte recuperan-
do a queda ocorrida por causa do clima adver-
so no período 2015/16. Os bons preços de 2016,
por conta da grande quebra da safra, geroumais
entusiasmo do que o humor do mercado com-
portou, e isso afetou os preços. Na temporada
2015/16, o preço médio de comercialização do
quilodo tabaco, considerandoos três tipos com-
putados, foi de R$ 9,96, gerando renda bruta de
R$ 5,23 bilhões ao setor.
Com maior oferta, a safra 2016/17 gerou re-
tração de 13,3%no valor por unidade, que regis-
trou média de R$ 8,63 por quilo. Mas com mais
volume negociado, a renda bruta evoluiu 16,4%,
para R$ 6,09 bilhões. O custo de produção na sa-
fra 2016/17 no Sul do Brasil alcançou amédia de
R$ 20.702,00 por hectare, no Virgínia.
Ajuste é natural diante
da conjuntura de clima,
estoques e preços
Inor Ag. Assmann
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