Depois de um primeiro quadrimestre abaixo das expectativas iniciais, as ex-
portações de tabaco do Brasil recuperaram o fôlego e devem fechar 2017 mui-
to próximas da performance de 2016, com pouco mais de 480 mil toneladas em-
barcadas e receita umsuperior a US$ 2 bilhões. A expectativa émanifestada pelo
Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), combase empes-
quisa da PricewaterhouseCoopers (PwC) Auditores, que prevê estabilidade, com
margem de queda de até 2% ou de 2% de alta.
Atémaio, o Brasil teve desempenho bemabaixo damédia dos últimos 18 anos
em volumes embarcados, mas este ainda era reflexo do ciclo 2015/16, que, com a
interferência do fenômeno climático
El Niño
, foi bemmenor do que o previsto no
início. Isso afetou os estoques, que costumam ser comercializados nos primeiros
meses do ano, enquanto a nova safra está sendo processada. A China, que quase
não comprou no início do ano, voltou aomercado ao final do primeiro semestre.
Na média dos últimos 10 anos, o Brasil exportou 90% da produção anual.
Desde 1993 é o principal exportador mundial do tabaco em folha, ano em que
escrita
Exportação de tabaco deve manter relativa
estabilidade em 2017 em relação a 2016, com
mais de US$ 2 bilhões em receita nos negócios
Mantendo a
ultrapassou os Estados Unidos. As exportações
brasileiras ganharam volume a partir de 1978 e
ampliaram espaço no mercado internacional
gradativamente, até assegurarema hegemonia
na liderança já por um quarto de século. Para
2018 ainda não há estimativa de comercializa-
ção no mercado global. De modo extraoficial,
os dirigentes do setor acreditam que a tendên-
cia é de manutenção dos volumes, com a es-
perança de pequeno avanço em receita. O real
menos valorizado perante o dólar desde mea-
dos de outubro renova as esperanças.
Por enquanto,
o cenário de mercado
de 2018 ainda não
oferece muita clareza
Mercado
market
Inor Ag. Assmann
32
DESTINOS
DESTINATIONS
Para onde vai o tabacobrasileiro (base 2016)
DESTINATION FOR BRAZILIAN TOBACCO (2016)
União Europeia e Europa
41%
Extremo Oriente
28%
América do Norte
12%
Leste Europeu
7%
América Latina
6%
África e Oriente Médio
6%
Fonte: Secex/MDIC.