Osetordotabacodefendehámuitotempoqueaproduçãosejaomaissustentável
e responsável possível. Representantes e demais envolvidos coma cultura salientam
quea sustentabilidadedonegóciodependedapreservaçãoambiental eda responsa-
bilidadesocial.“Apreocupaçãocomomeioambientevemevoluindodesdeofinaldos
anos de 1970”, lembra IroSchünke, presidentedoSindicato Interestadual da Indústria
doTabaco (SindiTabaco), que completa70anosdeatuaçãoem2017.
Schünke destaca que desde aquela época os produtores integrados às empre-
sas do tabaco são orientados a reflorestar áreas ociosas para produzirem a pró-
pria lenha (com ênfase no eucalipto) para uso nas estufas de secagem das folhas.
O cultivo de árvores para esse fim e para outros usos nas propriedades contribui
para manter as florestas nativas preservadas, diminuir o custo de produção e ge-
rarmais renda. Umtotal de 150mil produtores plantamtabaco emárea de 299mil
hectares no Sul do Brasil, onde o cultivo se concentra.
Conforme Schünke, emrelação às demais culturas, o tabaco apresenta umdos
índices mais altos de cobertura florestal. Emmédia, 27% da área total das peque-
nas propriedades dos produtores de tabaco é ocupada por florestas. “As inúmeras
práticas conservacionistas e as obrigações legais são disseminadas entre os pro-
dutores por intermédio dos orientadores agrícolas das empresas associadas e dos
seminários promovidos todos os anos nas comunidades”, observa.
Outro avanço apontado pelo SindiTabaco e pelas empresas associadas que
culminou em ganhos ambientais, qualitativos e econômicos significativos foi o
uso de bandejas (sistema
float
) para a produção de mudas de tabaco. A tecno-
logia começou a ser implementada a partir de meados da década de 1990 e se
consolidou em tempo recorde. O uso de brometo de metila na esterilização dos
seguido
Produção sustentável resultou na redução de
83,3% da quantidade de defensivos utilizados
no cultivo do tabaco nas duas últimas décadas
Umexemplo a ser
canteiros foi erradicado até 2006. A mudança
reduziu de maneira considerável a aplicação
de defensivos na produção de mudas.
Também diminuiu a quantidade de agro-
químicos aplicados nas lavouras de tabaco. De
acordo com o SindiTabaco, a redução do volu-
me utilizado foi de 83,3% nas últimas duas dé-
cadas. Na atualidade, usa-se apenas 1,1 quilode
agroquímicos por hectare, índice que coloca o
tabaco na condição de produto agrícola comer-
cial que menos usa defensivos no País. “Esse re-
sultado se deve aos trabalhos de pesquisa e de
desenvolvimento realizados pelas indústrias
do setor e às ações de esclarecimento junto aos
produtores”, explica Schünke.
Além disso, através do Sistema Integra-
do de Produção de Tabaco (SIPT), os produto-
res se comprometem a utilizar apenas produ-
tos registrados e autorizados pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Ainda são orientados a aplicar as quantidades
recomendadas para a cultura. Um programa
que contribui para a redução no uso de defen-
sivos é o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que
determina o monitoramento da ocorrência de
pragas e a preservação de seus inimigos natu-
rais, promovendo o controle biológico.
Propriedades
possuem emmédia
27% da área com
cobertura florestal
Inor Ag. Assmann
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