Anuário Brasileiro do Tabaco 2017 - page 106

Na épocade sua criação, em1987, oViveiroFlorestal daAssociaçãodos Fumicul-
tores doBrasil (Afubra) surgiu como iniciativapioneira na região central doRioGran-
de do Sul. “O foco sempre esteve voltado para a conservação dos recursos florestais
naturais e para o incentivo ao plantio de florestas de rápido crescimento, a fim de
atender à demanda demadeira nas propriedades rurais, emespecial as produtoras
de tabaco”, destaca Juarez Pedroso, gerente de Produção Agroflorestal da Afubra.
Ele recordaqueopontapé inicial foi dadocomaproduçãodemudasdeespécies flo-
restais nativas, comdestaque para as de frutíferas silvestres.
preservar
Desde o início, em 1987, o Viveiro Florestal busca a
preservação das florestas nativas e volta-se
ao fornecimento de madeira para vários fins
Mudas para
Conforme Pedroso, no princípio, os esfor-
ços foram concentrados na sensibilização dos
agricultores e das comunidades onde a Afu-
bra está inserida para a causa ambiental, em
especial os remanescentes florestais, que na-
quela ocasião precisavamde atenção. “Portan-
to, a entidade por muitos anos disponibilizou
milhares de mudas que serviram para comple-
mentar pomares domésticos, arborizar pátios
ou calçadas, ou ainda para incrementar algum
bosque no Sul do Brasil”, destaca.
Na sequência, adicionou-se à produçãomu-
das florestais de espécies de rápido crescimen-
to, exóticas, para atender às demandas dos
agricultores em lenha e madeira para constru-
ções rurais. Deu-se início à oferta de mudas de
eucalipto, pinus e acácia-negra. Cada uma das
espécies com sua finalidade, mas no fim o ob-
jetivo era atender alguma demanda dos agri-
cultores. Alémdisso, a Afubra criou o programa
de fomento a viveiros florestais para incentivar
a produção de mudas com a intenção de au-
mentar a abrangência e a facilidade de acesso
às mudas por parte dos agricultores.
Em1990, a entidade promoveuoprimeiro cur-
so de Viveiro Florestal, em parceria com o Centro
de Pesquisas Florestais (Cepef) da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM). “Essa é outra par-
ticularidade do viveiro da Afubra, que sempre es-
teve aberto à comunidade, propiciando troca de
experiências e auxiliando na formação de jovens
estudantes (emnível técnico e superior) e equipes
deprefeituras, entreoutros”, apontaogerente.
Para Pedroso, a importância direta do viveiro
para o meio ambiente é um dado de dificil men-
suração. “Noentanto, épossível afirmar quemui-
tas das mudas nativas produzidas são procura-
das pelos clientes com o objetivo de restaurar
áreas degradadas, compensar impactos ambien-
tais, programas de educação ambiental ou para
compensação florestal obrigatória”, relata. Tam-
bém sempre esteve próximo e atento às deman-
das dos produtores de tabaco. Hoje, muitos pro-
dutores estão solicitando o eucalipto clonal (GPC
23), pelas vantagens que possui em relação aos
materiais oriundos de sementes.
Milhares de mudas
de espécies nativas
e exóticas foram
obtidas no local
Divulgação
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