O manejo de pragas nas videiras é um
desafio para a pesquisa. Não são poucos os
problemas enfrentados por agricultores e
pesquisadores na cadeia produtiva brasilei-
ra. Ainda mais diante da possibilidade cons-
tante da entrada de novas pragas em terri-
tório nacional – e com o prognóstico nada
favorável das mudanças climáticas, que po-
dem aumentar as temperaturas e, por con-
sequência, facilitar a presença de insetos
nos parreirais. De acordo com o agrônomo
Marcos Botton, pesquisador na área de En-
tomologia da Embrapa Uva e Vinho, o se-
tor se une para superar as dificuldades e ga-
rantir produto de qualidade superior, com
o mínimo possível de resíduos.
Botton ressalta que os diferentes grupos
de insetos podem provocar a morte das vi-
deiras, reduzir a produção, transmitir doen-
ças e ainda causar danos diretos às bagas.
Espécies como abelhas e vespas ainda po-
dem ocasionar problemas para os trabalha-
dores no campo. “Nos anos em que não se
tem bom manejo de doenças, a incidência
dos insetos nomomento da colheita é maior,
tendo em vista que muitos insetos são atraí-
dos pelos voláteis liberados pelas bagas em
decomposição”, explica. Como as áreas pro-
dutoras são pequenas, e situadas próximas, a
migração de insetos de outras culturas agrí-
colas para as videiras também causa apre-
ensão, bem como o movimento intenso de
pessoas nas regiões onde o cultivo da uva se
mistura ao turismo, facilitando o transporte
de espécies potencialmente pragas.
Embora a maioria das videiras plantadas
Pesquisasemantém
atentaàspragas
eàsdoençasem
potencialquepodem
comprometera
produçãonasvideiras,
prejudicandoarenda
dosprodutores
De olho nas
ameaças
Sílvio Ávila
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