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Conservação
domina
Projetos
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Projects
Região do cerrado
baiano apresenta área
conservadamaior do
que o espaço aberto
para os diferentes usos,
como a sua expressiva
agropecuária
O cerrado no Oeste da Bahia abrange cerca de 9,1milhões
de hectares, dos quais 36%, ou seja, cerca de 3,1 milhões de
hectares correspondem a áreas abertas e consolidadas para
diferentes usos, e espaço maior, de 41%, na ordem de 4,5 mi-
lhões de hectares, é composto por remanescentes de vege-
tação nativa. Os dados são do Cadastro Florestal de Imóveis
Rurais (Cefir), que equivale no Estado ao Cadastro Ambiental
Rural (Car) nacional, referentes a outubro de 2017, quando a
adesão da região ao procedimento atingiu 70%do total.
Além disso, 2,3 milhões de hectares da superfície ocupa-
da sãoutilizadosparaproduçãoagrícolaedo total conservado
cerca de 30% (3,3 milhões de hectares) encontra-se em reser-
va legal, índice ratificadopela Embrapa. As informações levan-
tadas até então registram ainda que propriedades privadas
apresentam áreas conservadas, preservadas e/ou em proces-
so de recuperação maiores do que as es-
tabelecidas de forma oficial como “Unida-
des de Conservação e Proteção Integral e
de Uso Sustentável” em nível federal, es-
tadual e municipal na região. Estas abran-
gem1,9milhão de hectares no total.
A realidade que se apura no plano am-
biental da região, observaAlessandraCha-
ves,bióloga,doutoraembotânicaedireto-
radeMeioAmbientedaAssociaçãodeAgricultores e Irrigantes
da Bahia (Aiba), é de que o percentual de ocupação atende o
que prevê o Código Florestal Brasileiro, pelo qual devem ser
preservados no mínimo 20% com reserva legal e incluídas as
Áreas dePreservaçãoPermanente (APP). Alémde vários bene-
fícios alcançados, lembra que assimse contribui de forma im-
portante para amanutenção dos recursos hídricos.
Adiretora do setor salienta que “oprodutor rural colocouo
desenvolvimento sustentável como aliado da atividade, asso-
ciando desafios de produção, legalidade e boas práticas agro-
pecuárias, como o adequadomanejo de solo e água, e a devi-
da gestão de resíduos”. Dessa forma, complementa, atinge ao
mesmo tempo eficiência e sustentabilidade nos seus empre-
endimentos, de acordo comopreconizadopelas entidades de
apoio e compreendido no seu dia a dia.
Apoio ao produtor
AAiba,destacaopresidenteCelestino
Zanella,temfornecidosubsídiosparaque“o
agricultorpossaconduzirsuapropriedadecom
equilíbrioentreproduçãoeatendimentoda
legislação,eassimcontribuirparaquepossa
fazeroquemaissabe:produzir”.Váriosprojetos
sãodesenvolvidospelaentidadeeporparceiros
nestecampo,comoéocasodoCentrode
ApoioeRegularizaçãoAmbiental,comvárias
atividadesdeorientaçãoaosprodutores,no
queserefereaocumprimentodalegislação
ambiental,ondeoBrasiltemumadasregras
maisrígidasdomundo,alémdaadoçãode
boaspráticasagrícolas,commonitoramentoe
combateaincêndiosflorestais.
Para tanto, sãoempregados recursos
do InstitutoBrasileirodoAlgodão (Iba), o
queocorre tambémemProjetodeManejo
eConservaçãodeSolos eÁgua. Outraação
importante, que traz avisãodeordenamento
territorial edegovernança, éaconduçãodo
PlanoPilotodeManejodeÁreadePreservação
Ambiental (Apa) daBaciadoRiodeJaneiro,
unidadede conservaçãodegestãoestadual,
que conta comapoiodaFundaçãoSolidaridad
eda IniciativaparaoComércioSustentável
(IDH). Diversas atividades sãodesenvolvidas
comfocona sustentabilidadedaprodução,
aexemplodoProjetodoPotencial Hídrico
doOestedaBahia, que temparceriada
UniversidadeFederal deViçosa (UFV) edo
governodoEstadoeapoiodoProgramaparao
DesenvolvimentodaAgropecuária(Prodeagro).
Juntas, destacaaAiba, as ações sustentam
sólidoavançoà região.
Aprodução
agrícola eomeio
ambiente convivem
bemnoOestebaiano