Anuário da Região Oeste da Bahia - page 78

Divulgação/Instituto Aiba
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no perigo
De
olho
FerrugemAsiática na
soja determina novo
e pioneiro programa
fitossanitário noOeste da
Bahia paramonitorar de
perto a praga na lavoura
A Região Oeste da Bahia, que já se destacou no combate à
Ferrugem Asiática na soja com programa pioneiro nos anos de
2003 e 2004, volta a enfrentar, com o mesmo ímpeto de van-
guarda, novas situações surgidas em relação à doença. Para a
safra 2017/18, adotou iniciativa denominada “De olho na Fer-
rugem”, em que mais uma parceria regional foi formada para
acompanhar de perto o problema e encaminhar o mais cedo
possível a sua solução. Reúne a Associação de Agricultores e Ir-
rigantes da Bahia (Aiba), a Associação Baiana dos Produtores
de Algodão (Abapa), a Fundação Bahia, os sindicatos rurais de
Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, e a recente Associação de
Produtores de Soja (Aprosoja) da Bahia.
Fatos novos, como a incidência re-
cente a partir de fungo mutante, a bai-
xa eficiência de produtos fitossanitários
e a baixa quantidade de produtos (12) e
princípios ativos (três), que já apresen-
tam maior resistência, enquanto não há
perspectiva próxima de novas alternati-
vas, estreitaram as condições de enfren-
tamento da situação e passaram a exigir
uma sériede ações de adequado controle emanejo, relataoen-
genheiro agrônomo Armando Sá Nascimento, da Aiba, coorde-
nador do programa. Uma delas é a adaptação do chamado va-
zio sanitário (intervalodeplantioparaquebrar ociclodapraga),
que eraadotadoentre15deagostoe15deoutubroeagorapas-
sou a valer entre 1º de julho e 7 de outubro.
Em paralelo, salienta o coordenador, é imprescindível a eli-
minação das plantas voluntárias (tigueras) e a calendarização do
plantio, que é indicado entre 8 de outubro e 15 de janeiro, com o
propósitodediminuir onúmerodeaplicações deprodutos, jáque
qualquer excesso é determinante para aumento da resistência.
Ponto fundamental, emseu entender, é omonitoramento da pra-
ga na lavoura, a ser feito pelos produtores, comestímulo dos líde-
res dos 22núcleos regionais existentes, ao ladodos técnicos epro-
fissionais que atuarão na extensão rural e na educação sanitária,
buscandoabranger todaaáreade soja. Para tanto, aindaestá sen-
do inserido novo plano de cadastramento junto à Aiba, demanei-
raadispor comprecisãoaabrangênciadoplantioedocontrole.
Dentro desse programa, sublinha ainda Armando Sá, a re-
gião retoma, mais uma vez de forma pioneira, a pesquisa com
a Embrapa, dentro do convênio coma Fundação Bahia, em três
linhas principais de atuação: ensaios em rede para teste de efi-
ciência dos fungicidas, monitoramento da ferrugem e outras
pragas na entressafra, e projeto demanejo e resistência do fun-
gicida, com participação da indústria do setor. Haverá também
treinamento sobre tecnologias de aplicação e, de forma geral,
existe preocupação em sincronizar o trabalho com os estados
vizinhos, medida fundamental diante da facilidade de trans-
missãodo fungo. Ocusto alcança R$ 2milhões (R$ 1,56 por hec-
tare plantado) e o coordenador reitera que a adoção das práti-
cas é essencial para amanutenção da atividade.
Parceria entre
entidades,
produtores e
técnicosreforça
controle emanejo
1...,68,69,70,71,72,73,74,75,76,77 79,80,81,82,83,84,85,86,87,88,...100
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