Anuário Brasileiro de Sementes 2016 - page 64-65

Inor Ag. Assmann
O Estado do Paraná ofertou menos se-
mentes de soja e de trigo na última sa-
fra. "A produção destas duas espécies foi
prejudicada pelo clima adverso em deter-
minadas etapas e, no caso de trigo, pela
Mais qualidade
A biotecnologia e outras tecnologias serão cada vez mais presentes no meio agrícola, destaca Clenio Debastiani. “A
semente será o principal veículo destas tecnologias”, frisa. Os associados da Apasem vão continuar sendo orientados e
treinados para produção de sementes com alta qualidade, evidenciando a superioridade dos produtos. Ainda, em conjunto
com a possibilidade de adequação da Lei de Proteção de Cultivares, buscam aumentar o uso de sementes, viabilizando
o setor e os investimentos feitos. “Certamente, o setor sementeiro é o que tem mais capacidade para difundir e tornar
acessíveis as mais modernas tecnologias aos agricultores em qualquer região na qual estejam”, conclui.
É para
Produçãodesementes
desojaedetrigo
diminuiUnasúltimas
safrasnoEstado
do
Paraná
,masos
sementeirosobtiveram
melhorrentabilidade
tiani. O insumo paranaense também é ven-
dido para Mato Grosso do Sul e São Paulo.
A validade da germinação das sementes va-
ria de acordo com cada espécie: a de soja é
de seis meses e a de trigo possui prazo de
oito meses, desde que observadas as boas
práticas de armazenagem. Também legal-
mente é possível renovar a validade dos
testes de germinação e semear na safra se-
guinte, se estas tiverem o padrão mínimo
estabelecido pela legislação. "Isso é muito
difícil em soja e trigo; porém, mais comum
em milho", aponta o agrônomo.
Em 2016, segundo Debastiani, a rentabi-
lidade para o produtor de sementes foi fa-
vorecida pela queda de produção. No en-
tanto, nos últimos anos, o desempenho
tem sido deficitário devido a sobras de se-
mentes, provocadas pela concorrência com
os estados do Rio Grande do Sul e de San-
ta Catarina, e também com o aumento do
uso de sementes salvas e piratas. Por outro
lado, em função desta perda de mercado,
o sistema legal investe cada vez mais na
produção de sementes de alta qualidade,
com garantias genéticas e fisiológicas supe-
riores, diferenciando-se das piratas.
perspectiva de demanda menor", expli-
cou o agrônomo Clenio Debastiani, di-
retor executivo da Associação Paranaen-
se dos Produtores de Sementes e Mudas
(Apasem). A entidade representa 67 pro-
dutores de sementes, entre eles coopera-
tivas, empresas privadas e agricultores.
"O setor sementeiro é o elo de ligação en-
tre a pesquisa e o agricultor, que, há mui-
to tempo, desempenha papel importante
junto ao agronegócio brasileiro", avalia.
Na safra 2015/16, a produção de semen-
tes de soja foi de 6.511.449 sacas de 40 qui-
los, volume 11,7% menor do que o registra-
do na temporada anterior. Os produtores
que integram a Apasem respondem por
mais de 75% da oferta de sementes de soja
do Estado. A colheita de sementes de trigo
foi de 3.467.464 sacas de 40 quilos na eta-
pa 2015/16, com redução de 16,9% em re-
lação ao obtido no período anterior. As se-
mentes são comercializadas diretamente aos
produtores de grãos, às revendas e a distri-
buidores. As vendas são feitas pelos próprios
sementeiros, e há vendas terceirizadas em
pequenas quantidades (caso de algumas ob-
tentoras que verticalizam a produção e ven-
dem commarca própria).
A comercialização das sementes de trigo
totalizou 91% do ofertado. As vendas de se-
mentes de soja ainda não tinham sido fina-
lizadas até setembro de 2016. "Neste ano,
o índice tende a ser melhor do que em
2015, quando foi de 90%", estima Debas-
63
62
1...,44-45,46-47,48-49,50-51,52-53,54-55,56-57,58-59,60-61,62-63 66-67,68-69,70-71,72-73,74,75,76
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