46
O comércio de sementes de hortali-
ças movimenta a cada ano próximo de
R$ 800 milhões no Brasil. Dentro desse
segmento, o tomate tem papel de desta-
que, representando 25% do mercado, ou
R$ 200 milhões de faturamento para as
empresas envolvidas. Atualmente, são em
torno de 30 companhias do ramo de se-
mentes que atuam com o fruto, nacionais
e internacionais, e que trabalham cons-
tantemente em busca de bons materiais,
que apresentem resistência a doenças,
boas características de mesa, de sabor e
de vida no pós-colheita.
O agrônomo Warley Nascimento, pes-
quisador da área de sementes da Embra-
pa Hortaliças, afirma que quase 100% da
semente utilizada no País é híbrida, dife-
rente de outras hortaliças, que ainda têm
um pouco de variedades de polonização
aberta. Na tomaticultura, apenas alguns
campos do Nordeste possuem material
do Instituto Agronômico de Pernambu-
co (IPA), que ainda preservam métodos
tradicionais. Toda tecnologia que envol-
ve esse nicho da cadeia produtiva faz com
que o valor da semente de tomate gire
entre 5% e 6% das despesas da lavoura.
“Comparando no total dos custos, não
é um investimento tão alto, pois a semente
traz um pacote tecnológico muito grande.
As empresas têm no mercado cultivares hí-
bridas com mais de 15 eventos de resistên-
cia para as principais doenças, com genes
para nematoides e doenças viróticas, bac-
terianas e fúngicas”, explica. Uma boa se-
mente pode produzir de 10 a 12 mil quilos
de tomate por hectare; por isso, o produ-
tor mais tecnificado tende a não poupar
com semente, mesmo que seja relativa-
mente cara. Hoje, um única semente pode
custar um dólar ou um euro.
Valor imensurável
Sementedeboaqualidadeecomresistências incorporadaséconsiderada
fundamentalparaosucessodatomaticultura,masháumpreçopara isso