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Planejamento
Para compartilhar o MIP com
eficácia entre os agricultores,
Luiz Antonio Rocha Barcellos diz
que é importante a divisão dos
conhecimentos sobre o trabalho.
“Após a colheita deste ano, estamos
reunindo os agricultores em torno
dos conhecimentos adquiridos no
MIP e de suas técnicas, analisando
resultados, como proteger os
cultivos e como aprender a
distinguir entre as pragas e os
insetos bons, ou seja, aqueles que
impedem que ocorra aumento na
população de insetos daninhos. O
apoio mútuo e a discussão entre
os produtores são vitais para obter
uma mudança sustentável do
comportamento”, diz Barcellos.
A HORA DA Difusão
Para disseminar o MIP, os técnicos da Emater/RS-Ascar reuniram
agricultores no campo, dentro de lavouras monitoradas, para que apren-
dessem os princípios da metodologia. É o caso dos agricultores de Dona
Francisca, Paraíso do Sul, Cerro Branco, Novo Cabrais e Cachoeira do Sul,
que estiveram participando dessas reuniões. “É natural que os agriculto-
res tentem proteger as lavouras, mas muitos usam inseticidas por des-
conhecimento, apenas para ter uma sensação de segurança. Com esses
ensinamentos (
do MIP
), a gente pode poupar muito dinheiro e a própria
saúde”, diz o produtor Oscar Angelo Cassol, de Dona Francisca, que moni-
tora oito hectares de uma área total de 30 hectares de soja no município.
Foi na propriedade de Cassol que aconteceu a reunião com alguns vizi-
nhos, que também plantam soja e querem aprender a usar o MIP.
Atividade voltada
à prevenção gera
diminuição no
uso de defensivos,
aumentando a
rentabilidade
do negócio
de pano se recomendavam três a quatro aplicações, até duas. Então,
esse trabalhou propiciou uma maior confiança entre o agricultor e o
técnico para reduzir o uso de produtos”, diz o assistente técnico da
área de grãos do Escritorio Regional da Emater/RS-Ascar de Santa
Maria, engenheiro agrónomo Luiz Antonio Rocha Barcellos,
que coordena o MIP na região
Em Santa Maria, o MIP é desenvolvido em parceria com a Embrapa
Passo Fundo, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o
Instituto Federal Farroupilha (IFF), que realizaram treinamentos
para os técnicos em função de cada microrregião.
ção. “Caso seja necessário, opta-se por pro-
dutos com baixo impacto ambiental ou que
não atinjam os inimigos naturais, caso dos
biológicos”. A ação de Manejo Integrado é
realizada em parceria com a Embrapa e, a
partir de 2016, com a Massey Ferguson.
“É um trabalho através do qual se quer o
melhor resultado com o mínimo de investi-
mento em termos de uso de agrotóxicos. A
resposta tem sido muito boa, tanto que os
produtores estão procurando os escritórios
municipais da Emater para que se avance
nesse modelo”, enfatiza Rugeri. “Também
é fundamental salientar que não se coloca
em risco o potencial produtivo da lavoura,
ou seja, não se aumenta ou se diminui a
produtividade do grão”.
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JORNAL DA
EMATER
AGOSTO de 2016
