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Responsabilidade
Para Henrique Dornelles, presiden-
te da Federação das Associações de Arro-
zeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz),
o resultado do estudo corrobora as práti-
cas sustentáveis desenvolvidas na lavou-
ra gaúcha, que serve de referencial para o
Mercosul, por orizicultores, técnicos, pes-
quisadores e funcionários das fazendas.
Entende também que no momento em
que a Anvisa ratifica a qualidade do cere-
al aumenta a responsabilidade do setor de
manter essa condiçãonaspróximas safras.
EaAnvisaanunciouqueoPara seráam-
pliado e se tornará ainda mais rígido. Entre
outrasmedidas, o programa ampliará o nú-
merodeagrotóxicospesquisadosnasamos-
tras, incluindo substâncias de elevada com-
plexidade de análise, como o glifosato e o
2,4-D. A agência tambémacompanha o de-
senvolvimento de metodologias para ava-
liação de quais são os riscos à saúde resul-
tantes da ingestão de alimentos contendo
resíduosdediferentesagrotóxicoscommes-
moefeitotóxicoaolongodotempo.
Sistema de produção e de beneficiamento dá tranquilidade para o consumo
detecção de resíduos de agrotóxicos emvo-
lumes inferiores aos limites permitidos em
32% das amostras. Tebuconazol, pirimi-
fós-metílico e cipermetrina foram os mais
frequentes princípios ativos. “Tais produ-
tos não são recomendados pela Comissão
Técnica do Arroz Irrigado (CTAR) para uso
na cultura, o que gera umalerta aos produ-
tores e aos técnicos”, ressalta.
As dificuldades de controle de algumas
pragas, como o caramujo em arroz pré-ger-
minado e a brusone, doença fúngica que se
alastrou pela orizicultura irrigada nas seis
últimas safras em virtude do uso intensivo
de variedades suscetíveis originárias da Ar-
gentina, foram retratadas nas amostras. O
Para identificou aumento na presença de
fungicidas e inseticidas no grão examina-
do, ainda que os níveis tenham se manti-
do abaixo do limite aceitável. Alémdo uso
de cultivares resistentes à brusone, re-
comenda-se a adoção das boas práticas
agrícolas divulgadas pela CTAR, entre elas
o Manejo Integrado de Pragas (MIP).
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